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Restos mortais de Émile foram ‘transportados pouco tempo antes de serem descobertos’. Menino sofreu ‘traumatismo facial violento’

Esta quinta-feira, o procurador de Aix-en-Provence, em conferência, revelou conclusões das perícias a serem feitas em torno do caso de Émile Soleil. Segundo o mesmo, as ossadas da criança foram «transportadas e depositadas pouco tempo antes de serem descobertas».

«As conclusões destas peritagens, efetuadas ao longo de vários meses, permitem agora considerar que as roupas e os ossos encontrados foram transportados e depositados pouco antes de serem descobertos», avança, citado no Le Figaro.

«O corpo da criança não se decompôs nas roupas encontradas na floresta», concluíram as autoridades, dizendo que as buscas mostram, ainda, que é possível o corpo não ter ficado «no mesmo local e no mesmo biótopo durante o processo de decomposição e que não foi enterrado».

A investigação avança, ainda, que Émile foi vítima de «traumatismo facial violento» e a recriação do crime, antes da descoberta das ossadas, «permitiu reunir todos os intervenientes e comparar os elementos tidos em conta durante o interrogatório», bem como perceber «porque é que a hipótese criminal estava a ser considerada»

«Como já devem ter percebido, os relatórios dos peritos sugerem que uma terceira pessoa esteve provavelmente envolvida no desaparecimento e morte de Émile», diz Jean-Luc Blachon.

Avós e tios libertados esta madrugada

Em relação aos avós e tios de Émile, libertados esta quinta-feira de madrugada, o procurador aponta que «hoje há uma fase que está a chegar ao fim», o que «não significa que tenha terminado de vez».

«No decurso das futuras investigações, poderão surgir novos elementos susceptíveis de alargar ainda mais o inquérito», afirma.

A hipótese de homicídio involuntário não está «definitivamente excluída», acrescenta.

«O homicídio, inicialmente voluntário, não exclui definitivamente a hipótese de se tratar de um homicídio involuntário. Nesta fase, é a classificação mais elevada que se mantém, porque os indícios favorecem essa hipótese, sem excluir definitivamente o homicídio involuntário», esclarece. Segundo o mesmo, «os detidos responderam a todas as perguntas que lhes foram colocadas», destaca.

«As pessoas detidas foram libertadas porque, no final do período de detenção policial, as acusações não eram suficientes para levar a uma acusação de qualquer tipo», explica Jean-Luc Blanchon.

Foram interrogados, segundo o procurador, porque «estavam presentes no momento do desaparecimento da criança». «Era necessário compreender esta reação à luz de todos os laços e relações que unem os membros desta família», termina o procurador de Aix-en-Provence.

ovilaverdense@gmail.com

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