JUSTIÇA

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Ricardo Rio arguido em processo relacionado com viagem de autarcas à sede da Microsoft

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, confirmou esta quinta-feira à Lusa que foi constituído arguido no caso das viagens à sede da Microsoft, em Seattle, Estados Unidos da América, a convite da empresa, em janeiro de 2014.

Ricardo Rio disse que em causa está o alegado recebimento indevido de vantagem, por ter aceitado que a Microsoft lhe pagasse o alojamento e refeições, num valor de 850 euros.

O autarca não quis fazer qualquer comentário adicional, remetendo apenas para as suas declarações aquando das primeiras notícias sobre o assunto.

Na altura, Rio disse que, se houve um benefício, foi para a Câmara, que não pagou custos que suportaria normalmente, como em qualquer outra viagem profissional que faça.

A Sábado noticiou esta quinta-feira que a Polícia Judiciária está a notificar vários autarcas para os indiciar por crimes de recebimento indevido de vantagem e, eventualmente, corrupção passiva no caso das viagens aos EUA patrocinadas pela Microsoft.

Segundo a revista, o processo, além de Braga, envolve igualmente as Câmaras de Cascais, Sousel, Torres Novas, Abrantes, Sintra e Vila Nova de Famalicão.

A Lusa contactou o presidente da Câmara de Famalicão na altura, Paulo Cunha, atual eurodeputado, que disse que nunca foi ouvido no processo e que não foi notificado de qualquer constituição de arguido.

O caso visa também o atual ministro Pedro Duarte, que terá estado na origem de convites quando era funcionário da empresa. Em resposta à Sábado, o ministro garante que não recebeu qualquer notificação das autoridades.

“Relativamente ao caso em apreço, informo que o sr. ministro dos Assuntos Parlamentares Pedro Duarte nunca recebeu qualquer notificação a propósito do processo referido”, referiu o gabinete de imprensa do ministério, citado pela revista.

O processo é tutelado pelo Ministério Público de Lisboa.

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