Rui Rio, ex-presidente do PSD, é o mandatário nacional da candidatura presidencial do almirante Gouveia e Melo.
O anúncio foi feito na primeira iniciativa de campanha, na Alfândega do Porto, dois depois da apresentação oficial da candidatura a Belém.
A discursar no palco, Rui Rio assume que não era sua intenção voltar aos palcos políticos, mas defende ser necessária «coragem e competência» para combater os interesses instalados. Características essas que diz reconhecer em Gouveia e Melo.
«Aceitei porque sinto que tem a visão correta, a capacidade necessária e a determinação para continuar a servir Portugal. Vejo em Gouveia e Melo a sobriedade, coragem e frontalidade que quero que caracterizem o nosso Presidente da República», .
Descrevendo a «complexa situação económica e social» do país, com a degradação dos serviços públicos, fracos salários, carga fiscal a aumentar, assim como o preço da habitação, lamenta que «tudo isto» seja resultado de uma «cultura política virada para o marketing e para o curto prazo».
«Compete ao poder político agir, implementando as medidas estruturais necessárias para recolocar o interesse coletivo acima de tudo mais», afirmou.
Rui Rio olha para uma democracia que considera ter vindo a «degradar-se de forma evidente», pelo que sublinha o respeito pelas minorias, mas defende que «deve prevalecer a vontade da maioria e não o seu contrário. «Só em ditadura persistem minorias que condicionam a maioria», acrescenta.
Endereça ainda duras críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que Portugal precisa de um Presidente «que não se perca no comentário avulso em detrimento do que é nobre e estruturante».
Na ótica de Rui Rio, Portugal precisa de um Presidente da República «que não se feche no Palácio de Belém e que aproveite a comunicação social para falar com os portugueses, mas que não caia na tentação de fazer dela um modo de vida».
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