O presidente do PSD, Rui Rio, vai votar a favor da despenalização da morte medicamente assistida, na votação agendada para quinta-feira, no parlamento, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte do grupo parlamentar social-democrata.
Como o partido deu liberdade de voto, a bancada destacou quatro deputados para falar, dois a favor e dois contra durante o debate dos cinco projectos de lei do BE, PAN, PS, PEV e Iniciativa Liberal, na quinta-feira à tarde, na Assembleia da República.
Pelo “sim” vão falar Sofia Matos e André Coelho Lima, vice-presidente de Rio, e o “não” vai ser defendido por Cláudia Bento e António Ventura, acrescentou a mesma fonte.
Ao longo dos últimos anos, Rui Rio tem dito ser “tendencialmente favorável” à despenalização da eutanásia, mas na terça-feira, após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa, não disse o que faria na quinta-feira.
“Eu já decidi o meu sentido de voto, mas não vou mais longe que isso”, afirmou.
De acordo com uma contabilização feita pela agência Lusa, há pelo menos sete deputados do PSD que votam favoravelmente alguns dos diplomas em debate – Rui Rio, Adão Silva, Hugo Carvalho, Duarte Marques, Sofia Matos, André Coelho Lima e Cristovão Norte.
A Assembleia da República debate e vota na quinta-feira os cinco projectos de lei para a despenalização da morte assistida – BE, PS, PAN, PEV e Iniciativa Liberal – que prevêem essa possibilidade, mas sob diversas condições.
Todos os diplomas prevêem que só podem pedir a morte medicamente assistida, através de um médico, pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável.
Propõem também a despenalização de quem pratica a morte assistida, nas condições definidas na lei, garantindo-se a objecção de consciência para os médicos e enfermeiros.