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Sabariz festeja 100 anos da “Gustinha d’Agrelo”

É preciso recuar 100 anos no tempo para recordar o dia em que nasceu Agostinha Gomes (seu nome completo). Natural de Rio Mau, acabou por assentar raízes em Sabariz, onde continua a viver.

Casou a 08 de Junho de 1955, já com dois filhos nessa altura, tendo ficado viúva quando o marido tinha 58 anos.

Doze filhos (sete vivos), 24 netos e mais de 30 bisnetos constituem a família desta aniversariante, uma excelente conversadora e dona de uma memória de se lhe tirar o chapéu. Teve uma vida dedicada a empregada de servir e às lidas domésticas e da lavoura.

«Fui servir aos 12 anos. Estive em Anais, na casa das Senhorinhas, em Calvelo e noutras terras. Em Dossãos ganhava 15 escudos por dia e vinha todos as semanas a Soutelo, junto do Alívio, trazer uma rasa de milho para trocar», recordou, em conversa com o jornal “O Vilaverdense”, enquanto lá ia lembrando o tempo em que dividia o pouco que havia (muitas vezes, apenas, um naco de pão) com os seus irmãos.

Encontrava-se a servir em Calvelo (Ponte de Lima), quando naquela aldeia se realizou uma espadelada de linho. «As raparigas que lá se encontravam disseram que aquilo não tinha graça sem música. Então, com 12 anos, fui a casa do meu patrão e, sem pedir ordem, montei-me na burra dele e fui à procura de tocadores de concertina. Foi uma festa quando cheguei lá montada no animal e eles atrás de mim a tocar. Até cantei umas quadras ao desafio», recordou.

VAI HAVER FESTA RIJA

Para festejar o aniversário, a família irá juntar-se, esta sexta-feira à noite, para um jantar num espaço de restauração de Vila Verde. Amanhã, sábado, será realizada uma missa em sua honra e, no final, a Junta de Freguesia de Sabariz irá preparar uma festa para a mulher que, hoje, completa um século de vida.

Com Emílio Costa

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