Uma mudança de juízes impediu, esta segunda-feira, o Tribunal de Braga de realizar o julgamento de uma queixa-crime apresentada pelo empresário António Salvador e família contra o ex-sócio Domingos Correia. O início do julgamento está agora marcado para Janeiro de 2020.
Correia é acusado de ter posto a circular na cidade um “camião do fraque” com os dizeres «Caloteiro! Paga o que deves».
Que estacionou à porta do estádio, em dia de jogo do Sporting de Braga, e em frente à casa de Salvador.
Uma alegada «intimidação e difamação» e «ofensa à família», que motivou queixa de Salvador e que vai ser julgada em Setembro no Tribunal de Braga.
E que tem, como assistente, o próprio Sporting Clube de Braga, de que Salvador é presidente e que se sentiu visado pelos dizeres do camião, onde se lembrava, precisamente, este facto.
SALVADOR PERDE
Há dias, Salvador recebeu, do Tribunal de Famalicão, uma segunda sentença desfavorável. E a “conta” a pagar ao seu ex-sócio, Domingos Correia, já se aproxima dos 800 mil euros. Mas o conhecido empresário, dono da Britalar, diz que vai recorrer da sentença.
Em Abril, o Tribunal de Famalicão condenou Salvador a pagar 261 mil euros ao dono das Construções Ar-Lindo (300 mil com juros).
Há dias, e numa segunda sentença, o mesmo Tribunal voltou a rejeitar o embargo apresentado pelo empresário, à execução de 438 mil euros (cerca de 500 mil com juros) que lhe foi movida por Domingos Correia, a título pessoal, por uma causa de uma dívida resultante da cessão da quota de 49,5 por cento na firma BritalarMoz, que ambos possuíam em Moçambique. Cessão acordada em 1,1 milhões.
Salvador, que se havia oposto às duas penhoras, apresentando cauções, argumentou que já tinha pago, em 2013, através de transferências bancárias. Tese a que o Tribunal não atribuiu «credibilidade».