O presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Vila Verde, Samuel Estrada, renunciou ao cargo, confirmou o próprio ao jornal “O Vilaverdense”.
«Decorrido um ano desde a minha eleição, reconheço que não consegui unir e pacificar as diversas facções do partido em torno de um compromisso político colectivo, duradouro e alternativo ao modelo de governação autárquica a que estamos condenados há 24 anos», refere.
Samuel Estrada assume «exclusivamente todas as responsabilidades do insucesso colectivo deste projecto político», que «não mereceu a adesão e mobilização» que esperava.
«Tomo esta decisão, naturalmente difícil no plano pessoal, com o sentimento de responsabilidade e de desapego com que sempre encarei a política. Não me permito, por isso, entrar em exercícios de culpabilização que apenas serviriam para dividir ou para nos distrairmos do essencial, que deverá ser sempre o nosso concelho e nunca o nosso umbigo», afirma.
O líder demissionário do PS de Vila Verde espera que a decisão de renunciar ao cargo «reforce o sentido de responsabilidade e de solidariedade de todos os socialistas».
«Precisamos de um PS unido e capaz de acudir aos grandes anseios dos vilaverdenses, para quem o partido tem de dedicar a sua atenção inteira e concentração absoluta», frisa.
COMUNICADO NA ÍNTEGRA:
«Decorrido um ano desde a minha eleição como Presidente da Comissão Política da concelhia do PS de Vila Verde, reconheço que não consegui unir e pacificar as diversas facções do partido em torno de um compromisso político colectivo, duradouro e alternativo ao modelo de governação autárquica a que estamos condenados há 24 anos.
O projecto político que defendi não mereceu a adesão e mobilização que esperava pelo que não me é possível deixar de retirar daí as devidas conclusões e consequências. Por isso, procurando o melhor para o partido e para o concelho, decidi renunciar ao cargo de Presidente da Comissão Política.
Tomo esta decisão, naturalmente difícil no plano pessoal, com o sentimento de responsabilidade e de desapego com que sempre encarei a política. Não me permito, por isso, entrar em exercícios de culpabilização que apenas serviriam para dividir ou para nos distrairmos do essencial, que deverá ser sempre o nosso concelho e nunca o nosso umbigo.
Assumo, assim, exclusivamente, todas as responsabilidades do insucesso deste projecto político.
Num concelho que se encontra há muitos anos capturando pelos mesmos – que abocanharam as instituições públicas e algumas privadas, bem conhecidas, animados pela avidez de poder e dinheiro, com interesses dissonantes do nosso concelho – precisamos de um PS unido e capaz de acudir aos grandes anseios dos vilaverdenses para quem o partido tem de dedicar a sua atenção inteira e concentração absoluta.
Espero, assim, que esta decisão reforce o sentido de responsabilidade e de solidariedade de todos os socialistas. Afinal de contas, a democracia não é um sistema acabado, falta sempre alguma coisa para cada um de nós completar».