Samuel Estrada subiu à tribuna, nesta quarta-feira à noite, nos Paços de Concelho de Vila Verde, acusando o Executivo Municipal de excluir Atiães. A posição surgiu depois da prestação de contas apresentada por Júlia Fernandes, em Assembleia Municipal.
A presidente de Câmara destacou a «boa saúde financeira do nosso Município», que «retrata o bom serviço da Câmara Municipal».
Na apresentação das contas, apontou «fortes investimentos» nas infraestruturas básicas, as «prioridades contínuas» até estarem resolvidas. Ainda, acrescenta a «educação, ação social» e, ainda, «a cultura, o desporto, o lazer, o ambiente, a proteção civil, tudo para melhor qualidade de vida», explica.
«Temos e podemos dizer com orgulho ter 100% de receita», vinca. «O investimento de 2024 foi superior em 383 mil euros a 2024», acrescenta. «São 20 milhões de euros de saldo comunitário que permitem lançar concursos», diz ainda.
Júlia Fernandes afirmou, ainda, que 2024 foi «o ano em que mais protocolos e transferências» se fizeram com as Juntas de Freguesia.
Atiães, o “filho abandonado”
Em resposta, Samuel Estrada, presidente da Junta de Atiães, diz que «não pode ser uns com tudo e outros com nada». Acusando o executivo de gestão desigual de dinheiro público, o autarca atira à presidente de Câmara: «o dinheiro não é seu, está ao serviço de todos, inclusive de mim».
A exemplo, o presidente de Atiães fala da “vizinha” Junta de Freguesia de Moure. «Eu, até hoje, recebi 28 mil euros, como já disse, menos que o que custou o jantar de reis e estamos a acabar o mandato», acusou. «No ano passado, Moure recebeu 70 mil euros para alargamentos e o único que eu fiz, paguei o excedente, à custa dos cofres da freguesia», sublinha.
«Porque é que Atiães está excluída desta ligação ao território? Ainda pertencemos a Vila Verde?», questiona. Júlia Fernandes responde, dizendo que é «uma mãe com 33 filhos» e garante que trata todos por igual.
Enumerando obras e investimentos nas freguesias, a presidente da Câmara defende que «nenhum presidente de Junta, hoje, se pode sentir um filho abandonado».
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