Acompanhada por Agostinho Lopes, um histórico deputado comunista por Braga, Sandra Cardoso esteva em Vizela onde, nos diversos contactos com a população, o “aumento brutal” dos preços das casas foi o mais abordado.
A cabeça-de-lista da CDU por Braga às Legislativas de domingo, referiu que um estudo recente que dá conta que comprar uma casa no distrito de Braga “é agora 10% mais caro do que há um ano”.
“Este é um dos sectores mais liberalizados na nossa economia. E o resultado está à vista! É fundamental que a próxima Assembleia da República e Governo tomem as medidas que se impõem, enfrentando os grandes interesses imobiliários e financeiros”, disse a candidata da coligação PC/PEV.
Em conversa com um jovem casal cuja prestação bancária aumentou centenas de euros em poucos meses, a candidata da CDU lembrou a proposta do PCP, rejeitada com os votos do PS e dos partidos de direita, com o objectivo de “colocar os lucros dos bancos, que ascendem a 12 milhões por dia, a pagar os aumentos dos juros”.
“Qual seria o problema dos lucros dos bancas serem de 4 ou 5 ou 6 milhões por dia invés dos 12 milhões, se isso aliviasse as famílias, que muitas vezes têm de cortar na comida para pagar a prestação ao banco ou a renda da casa?”.
A construção de nova habitação pública foi outra proposta destacada pelos candidatos da CDU.
“O reforço da CDU com a eleição de deputados pelo distrito de Braga é condição indispensável para combater a especulação imobiliária e os grandes interesses financeiros, impondo soluções que garantam o cumprimento do direito constitucional a uma habitação digna para todos”.
A candidata comunista esteve acompanhada por Marco Pereira, candidato de Vizela, Inês Rodrigues e Ricardo Silva, candidatos à Assembleia da República.