Já está no espaço o satélite PROMETHEUS-1 da Universidade do Minho. Passavam poucos minutos das 19h00 quando foi lançado a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia, EUA, à boleia de um foguetão Falcon 9 da Space X.
O objeto espacial vai ficar a cerca de 500 quilómetros de altitude e coletar dados úteis para a comunidade académica e científica.
O lançamento foi acompanhado numa cerimónia especial, no hall do edifício 1 do campus de Azurém, em Guimarães, com as presenças do Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e do Presidente da Escola de Engenharia (EEUM), Pedro Arezes.
Juntaram-se ainda o professor Alexandre Ferreira da Silva, do Departamento de Eletrónica Industrial da EEUM, que apresentou o PROMETHEUS-1.
O momento contou ainda com a assinatura de um protocolo com a Força Aérea Portuguesa e as intervenções de Hugo Costa, membro do conselho executivo da Agência Espacial Portuguesa, e de Henrique Candeias, engenheiro-chefe da integradora nacional de satélites N3O, além da presença de João Magalhães, codiretor do Programa de Parceria Internacional CMU Portugal, e de Tom Walkinshaw, fundador da construtora de satélites britânica Alba Orbital.
LEVAR O ESPAÇO À SALA DE AULA
O satélite resulta de um projeto científico homónimo que foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Programa CMU Portugal, e que teve a parceria da Universidade de Carnegie Mellon (EUA) e do Instituto Superior Técnico.
O PROMETHEUS-1 deve o nome ao titã grego que roubou o fogo (conhecimento) aos deuses. É como um cubo de Rubik, tendo 5 centímetros de lado e 250 gramas. Possui sistemas de gestão de bateria e orientação, microcontroladores e câmara similar à de um telemóvel para captar imagens. Desde a Terra deverão avaliar-se vários itens, como o posicionamento e eventuais erros do software.
“Este projeto ocorre aquando dos 50 anos da UMinho e contribui para afirmar a ciência e a indústria portuguesa no espaço. Foi pensado há três anos, quando a UMinho abriu a licenciatura e o mestrado em Engenharia Aeroespacial. O objetivo era usar o satélite em diferentes disciplinas como caso de estudo com os estudantes, desde a validação da plataforma ao licenciamento e à futura recolha de dados”, refere a UMinho.
Segundo a academia minhota, “levar o espaço à sala de aula permite a alunos de várias áreas da Engenharia colocarem pela primeira vez as mãos neste tipo de objetos e alargarem horizontes”. O projeto insere-se igualmente na estratégia de investigação e ensino neste âmbito em curso na UMinho.
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