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Segunda plataforma chega nos próximos dias ao parque eólico de Viana do Castelo

A segunda de três plataformas do projecto WindFloat Atlantic já saiu do porto de Ferrol, em Espanha, este domingo e está a caminho do local onde será instalada nos próximos dias, a 20 quilómetros da costa de Viana de Castelo. É mais um passo para o arranque das operações do parque eólico flutuante, o primeiro da Europa continental, liderado pelo consórcio em que a EDP Renováveis participa.

Após a chegada ao local do projecto, a nova estrutura será instalada junto à primeira plataforma flutuante que já se encontra ao largo da costa portuguesa desde o passado mês de Outubro – ambas têm dimensões semelhantes, com 30 metros de altura e uma distância de 50 metros entre cada coluna. O primeiro parque eólico flutuante da Europa continental fica concluído quando chegar a terceira e última plataforma.

A estrutura que partiu do porto exterior de Ferrol é composta pela plataforma flutuante e pela maior turbina alguma vez instalada numa estrutura flutuante. Assim que estiver operacional, o parque contará com uma capacidade total instalada de 25 MW, o equivalente à energia consumida por 60 mil utilizadores durante um ano.

O projecto é liderado pelo consórcio Windplus, constituído pela EDP Renováveis (54,4%), Engie (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). O parque ao largo da costa portuguesa é composto por três turbinas eólicas assentes em plataformas flutuantes ancoradas ao fundo do mar apenas com correntes a 100 metros de profundidade. Inclui ainda tecnologia de ponta que minimiza o impacto ambiental e facilita o acesso a recursos eólicos inexplorados em águas profundas.

Esta tecnologia tem vantagens que aumentam a sua acessibilidade e a relação custo-eficácia, incluindo a possibilidade de montagem em doca seca e reboque sem necessidade de rebocadores especializados. Além disso, não tem de depender de operações offshore complexas associadas à instalação das estruturas tradicionais de base fixa. As unidades WindFloat Atlantic podem ainda acomodar as maiores turbinas eólicas instaladas numa estrutura flutuante no mundo com quase 8,4 MW cada, ajudando a aumentar a produção de energia e a impor reduções significativas nos custos de ciclo de vida.

As plataformas foram construídas num trabalho de cooperação entre os dois países ibéricos: duas das plataformas foram fabricadas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Ferrol (Espanha). Esta iniciativa teve o apoio de instituições públicas e privadas, incentivando as empresas que são líderes nos seus respectivos mercados a participar no projecto, com o apoio financeiro do Governo de Portugal, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento.

O projeto WindFloat Atlantic vem na esteira do sucesso do protótipo WindFloat1 que esteve em funcionamento entre 2011 e 2016. Este projecto-piloto de 2 MW produziu energia ininterruptamente ao longo de cinco anos, sobrevivendo completamente ileso a condições climatéricas extremas, incluindo ondas de até 17 metros de altura e ventos de 60 nós. Os parceiros que possibilitaram este projecto são a Principle Power, a joint venture entre a Navantia/Windar, o Grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas eólicas Vestas MHI e o fornecedor de cabos dinâmico, a JDR.

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