O Serviço de Medicina Física e Reabilitação (MFR) do Hospital de Braga acompanhou, nesta fase de pandemia, vários doentes COVID-19 que necessitaram de intervenção nesta área. Desde o início da pandemia, o Serviço de MFR do Hospital de Braga manteve sempre o tratamento de doentes internados neste Serviço e noutros Serviços do Hospital com outras patologias. Assim sendo, desde Março e até meados de Julho, registaram-se cerca de 1.200 doentes com tratamento de MFR e mais de 20.000 meios complementares de diagnóstico e terapêutica do grupo de MFR.
As consequências da doença provocada pelo SARS-CoV-2 levaram a que o Serviço de Medicina Física e Reabilitação se «reorganizasse para dar resposta aos doentes internados com COVID-19 que necessitassem do conhecimento técnico de diferentes profissionais que constituem a Equipa de Reabilitação, como sendo os fisiatras, enfermeiros de reabilitação , fisioterapeutas, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais».
A «imobilidade prolongada, o descondicionamento físico, as complicações cardiorrespiratórias e a disfagia» foram algumas das situações clínicas com maior necessidade de intervenção nesta área, implicando um redobrado trabalho interdisciplinar para que assim fossem «minimizadas as sequelas músculo-esqueléticas, neurológicas e respiratórias destes doentes».
Em nota enviada, o Hospital sublinha ainda que «a intervenção centrou-se na reabilitação cardiorrespiratória, cinesioterapia respiratória, recondicionamento ao esforço, reeducação neuromotora (treino de marcha, equilíbrio, força muscular, coordenação, entre outros), visando a promoção da autonomia prévia».
«MAIS DE QUATRO DEZENAS DE DOENTES ACOMPANHADOS»
Das mais de quatro dezenas de doentes COVID-19 acompanhados pela equipa, em que cada um teve necessidade de várias sessões, as idades compreendidas foram bastante díspares (entre 43 anos e 99 anos).
Os doentes que necessitaram de um acompanhamento mais prolongado continuaram, mesmo após alta, as suas sessões de reabilitação neste Serviço, quer em regime ambulatório, quer internados no Serviço de MFR.
«A resposta célere através de uma intervenção interdisciplinar e multidisciplinar foi fundamental para a recuperação e melhoria dos doentes com COVID-19, representando uma mais-valia decisiva na prestação de cuidados aos utentes do Hospital de Braga», acrescentam.