Sete anos e três meses de prisão. Foi esta a pena aplicada pelo Tribunal de Braga, por homicídio na forma tentada, a Domingos Barros, de 55 anos, que em Setembro de 2019 desferiu sete golpes de navalha noutro homem com quem se desentendera durante um jantar, em casa de um amigo, em Parada de Tibães, Braga.
A condenação a prisão efectiva envolveu, ainda, os crimes de detenção de arma proibida, uso e porte de arma sob efeito de álcool e condução de veículo em estado de embriaguez.
O Tribunal considerou provado que o arguido, no dia 5 de Setembro de 2019, participou num jantar em casa de Manuel da Costa, que se despedia de amigos por ir regressar ao estrangeiro, tendo-se desentendido com alguns convivas, nomeadamente com João Oliveira Fernandes, razão pela qual abandonou, zangado e meio alcoolizado, o repasto, por volta da meia-noite.
Mas não foi embora: pela 1h00, quando João abandonou a casa, tinha o arguido à sua espera com uma navalha de abertura automática, com nove centímetros de lâmina, com a qual lhe desferiu sete golpes no corpo, mormente no tronco, face, membros superiores e membros inferiores.
Alertados pela gritaria decorrente da agressão, os restantes convivas saíram e um deles envolveu-se numa refrega no chão com o agressor, tendo este acabado por ir embora de carro e levando a navalha.
Foi, então, chamada a GNR, a qual, atendendo à gravidade do crime, comunicou o caso à PJ de Braga. Enquanto se aguardava a chegada da brigada da PJ, Domingos Barros voltou ao local, tendo sido detido pela Guarda.
Entretanto, chegou o INEM, que assistiu e levou a vítima ao Hospital, onde se concluiu que “só não morreu” por ter sido “prontamente” assistida e submetida a uma cirurgia.
Tinha sete lesões, duas delas torácicas perfurantes, uma abdominal (que lhe atingiu, ainda que levemente, o fígado) e outras no corpo.