O ministro de Estado e das Finanças sustentou esta quarta-feira que o excedente de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) avançado pelo INE, cerca de dois mil milhões de euros, é resultado de um “maior crescimento económico”.
Em reação à divulgação das Contas Nacionais do Instituto Nacional de Estatística, relativas ao quarto trimestre de 2024, Joaquim Morais Sarmento frisou que esse “superavit compara com uma previsão no Orçamento do Estado de 2024 de 0,2 por cento do PIB e no Orçamento de 2025 de 0,4″.
Os números divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Eurostat confirmam que “a economia portuguesa cresceu 1,9 por cento em 2024, que compara com uma previsão de 1,5 por cento no Orçamento para 2024 e de 1,8 por cento no orçamento para 2025”. Para o titular da pasta das Finanças, “as boas notícias também ocorrem na dívida pública que baixou 94,9 por cento, a previsão no Orçamento de 2024 era de 98,9 e a previsão para 25 era de 95,9”.
“Temos um superavit robusto, que nos permite continuar a reduzir a dívida pública de uma forma consistente, que projeta contas públicas também robustas em 2025. Um crescimento económico, o ano passado, acima daquilo que era a expetativa, que projeta também um crescimento económico acima de dois por cento neste ano e um crescimento dos salários muito significativo, e o rendimento disponível das famílias muito significativo”.
POUPANÇA HISTÓRICA
Segundo Joaquim Morais Sarmento, “as famílias conseguiram ter um aumento da sua poupança para níveis históricos. Em 2024, as famílias pouparam 12,2 por cento do rendimento disponível”. Um valor superior a 2020, ano da pandemia e dos confinamentos, em que as famílias também tinham poupado 12 por cento.
“Por isso, a economia portuguesa está robusta, a crescer, a gerar emprego, a aumentar os salários e o setor público tem hoje uma posição orçamental confortável e uma dívida pública cada vez mais numa trajetória de redução”, realçou o ministro de Estado e das Finanças.
Miranda Sarmento explicou ainda que estes “são bons resultados para o país e perspetivam anos económicos positivos”.
O governante considerou ainda que não é altura para falar da campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio, mas deixou a garantia que o programa eleitoral da AD vai ser atualizado, “até porque um terço já foi executado”. “Temos agora, margem para poder propor novas medidas”, nomeadamente fiscais.
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Com RTP