A partir das 18h00, quando a noite começa a chegar neste horário de inverno, as típicas luzes natalícias brilham pelas casas. Há uma que se destaca, a de Vicente Correia. O emigrante, de 41 anos, começou o projeto este ano.
«Acho que as pessoas se andam a esquecer destas cores, destas luzes, do espírito natalício», pensa. Foi assim que lhe surgiu a ideia.
«Comecei a preparar tudo no início do mês», explica. No entanto, este é um projeto «quase» sem fim. «Tinha uma ideia de base das luzes que ia por e onde por, então fui organizando, vi que não chegava, ia comprando», refere. «Ainda agora, acabo de ir à loja comprar mais duas ou três. Se me lembrar, ainda compro e acrescento mais», diz.
Árvores, plantas, janelas, escadas, varandas, nada é esquecido. Todos os cantos da moradia brilham e piscam em diferentes cores. «Tem leds e luzes de Natal, algumas ligadas à eletricidade mas, na maioria, funcionam por luz solar ou pilhas», mostra Vicente Correia.
«Devo ter um quilómetro e meio de luzes, onde gastei cerca de 500 euros, mas não interessa, vale a pena», assegura. O objetivo é claro: «sinto que este espírito falta em Vila Verde, temos casas tão bonitas, as pessoas podiam fazer um pouco mais».
Não foi um processo difícil. A decoração foi feita «em algumas horas por dia, aos poucos, deve ter dado, ao todo, dois dias inteiros de trabalho», aponta.
Podem ser vistas até janeiro, depois Vicente Correia volta a França, onde está emigrado. Mas este é, agora, um projeto que não abandona. «Paro ano, estou aqui outra vez, se Deus quiser».
E, com ele, as luzes e a sua família. Orgulhosos do trabalho e da sua casa brilhante, deixam quase um desafio à comunidade. «Para o ano, que tal uma competição, para ver qual a casa com mais luzes?», sugerem.
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