O uso de telemóveis nas escolas poderá ter os dias contados. Ou, pelo menos, o uso com restrições. O ministro da Educação já pediu um parecer ao Conselho das Escolas sobre o uso de telemóveis dentro dos estabelecimentos de ensino. Entende que é um «tema complexo» e para não decidir de «forma intempestiva».
Em declarações reproduzidas no JN, João Costa assume que «é um tema complexo e porque é complexo nós precisamos do saber de quem sabe, em particular dos professores e das direções [das escolas] que estão no terreno e, por isso, é que pedi este parecer ao Conselho das Escolas para não decidir por achismo ou de alguma forma intempestiva».
Uma posição assumida esta terça-feira no VIII Encontro Internacional sobre Inovação Pedagógica SUPERTABI 2023, na Maia, distrito do Porto.
Assumiu, contudo, que não tem uma «posição definida» sobre o assunto. «Não sou adepto da proibição, mas mais adepto da promoção de hábitos saudáveis», referiu.
Há já exemplos de agrupamentos de escolas que estão a avançar com a proibição (casos do 1º ciclo em Almeirim). Já em 2017, a Escola EB 2/3 António Alves Amorim, de Santa Maria da Feira, no distrito do Porto, proibiu o uso de telemóveis em todo o recinto escolar, levando a que os alunos socializem mais entre si e evitem situações de bullying na internet.
Apesar de tudo, o governante assumiu que o telemóvel é também um recurso didático, preocupando-o, no entanto, o aumento de algumas questões de segurança e de cyberbullying. «Aquilo que me preocupa, dizendo assim, é quando estou em escolas e vejo às vezes nos intervalos que os alunos não falam uns com os outros, estão todos com os olhos postos no ecrã», frisou. «Preocupam-me algumas questões de segurança e de cyberbullying que têm aumentado».
ovilaverdense@gmail.com
