Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, o CDS quer saber qual a justificação para “o atraso na formalização” do acordo entre a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) e Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte e quando recomeçam os rastreios nesta região.
No documento entregue na Assembleia da República, os deputados Telmo Correia, eleito pelo circulo de Braga, Ana Rita Bessa, Cecília Meireles e João Pinho de Almeida, referem que desde que encerraram em Março, devido à pandemia de covid-19, as 19 unidades (15 móveis e quatro fixas) que a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) tem na região Norte do país, no âmbito do Programa de Rastreio do Cancro da Mama, “nunca mais reabriram, alegadamente devida a uma questão administrativa relacionada com a renovação do contrato” entre a LPCC e a ARSN.
“Estão assim por fazer milhares de exames vitais para detectar este cancro numa população alvo de aproximadamente 630 mil mulheres”, afirma.
Os parlamentares centristas lembram que a altura da suspensão do rastreio, em Março, o núcleo regional do norte da LPCC rastreava os concelhos de Braga, Viana do Castelo, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Felgueiras, Marco de Canaveses, Matosinhos, Paredes, Peso da Régua, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Valença, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Vinhais.
“Devido à pandemia, foram adiados cerca de 75 mil exames nesta região. No resto do país, os rastreios já estão a ser feitos desde Junho”, afirma, referindo que “de acordo com a comunicação social, ninguém dá quaisquer explicações sobre o que motiva o atraso na formalização do acordo entre a ARSN e a LPCC”.
A detecção precoce do cancro da mama é fundamental para que o tratamento tenha sucesso, “daí a importância dos rastreios, que até 2018 permitiram encaminhar para tratamento 19 mil mulheres”, sublinham na pergunta dirigida à ministra Marta Temido.