Com o agravamento das condições meteorológicas a partir de sexta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) avisa que chuva e o vento, acompanhados de trovoadas, vão voltar em força e há riscos a ter em conta. A Proteção Civil emitiu, entretanto, um aviso à população para que o impacto desta mudança seja «minimizado».
Para esta sexta-feira, o IPMA aponta para a «possibilidade de ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes, e de granizo acompanhados de trovoadas nas regiões Norte e Centro (não sendo de excluir a possibilidade de ocorrerem trovoadas secas)», e vento a predominar do quadrante sul, «podendo ocorrer rajadas convectivas fortes».
A juntar a esta condição, prevê-se uma subida da temperatura máxima nas regiões Norte e Centro, em especial no litoral (valores entre 33 e 36°C no interior Norte e Centro e litoral a norte do Cabo Mondego), e, claro, índices de Perigo de Incêndio Rural «muito elevados a máximos no interior e no Algarve».
Um cenário que irá manter-se no sábado: aguaceiros, por vezes fortes, e granizo acompanhados de trovoadas frequentes e concentradas em especial a partir da tarde nas regiões Norte e Centro, e o vento vai continuar a soprar forte.
ALERTAS DA PROTEÇÃO CIVIL
Perante este “agravamento das condições meteorológicas”, a Proteção Civil emitiu, esta quinta-feira, um aviso à população para alertar para os possíveis efeitos que esta mudança no estado do tempo pode trazer:
- ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
- possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
- danos em estruturas montadas ou suspensas;
- dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- desconforto térmico na população pela conjugação da descida acentuada da temperatura e do vento;
- possibilidade de ocorrência de trovoada seca, acompanha de instabilidade atmosférica, podendo esta originar incêndios convectivos, ou, potenciar o agravamento de incêndios em curso.
O que pode/deve fazer?
No aviso, emitido esta quinta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil elenca sete medidas preventivas que pode e deve adotar nos próximos dias:
- garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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