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Trabalhadores da APPACDM de Braga saem à rua para exigir pagamento de subsídios em atraso

Os trabalhadores da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Braga manifestaram-se, esta segunda-feira, contra os subsídios em atraso e deram conta da sua “preocupação crescente” com a sustentabilidade da instituição.

Em declarações à Lusa, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) Ana Rodrigues criticou ainda o “silêncio” da direção da APPACDM perante a situação.

“Neste momento, estamos a falar do não pagamento do subsídio de férias de 2023 e do subsídio de Natal de 2024 e da falta de perspetivas para o pagamento do subsídio de férias de 2024 e do subsídio de Natal de 2025”, referiu.

Ana Rodrigues sublinhou a “preocupação crescente” com a sustentabilidade da instituição, que “coloca em risco” cerca de 170 postos de trabalho e o atendimento a 300 utentes com deficiência mental.

“O CESP [que representa cerca de 90% dos trabalhadores da APPACDM] tem tentado negociar com a direção, para se conseguir um plano de pagamento, mas a resposta é sempre o silêncio. E os trabalhadores ficam em situação de precariedade, ansiedade e instabilidade”, acrescentou.

Esta segunda-feira, os trabalhadores decidiram sair à rua para denunciar a situação, marcando uma concentração em frente a uma das valências da APPACDM em Braga (São Lázaro) e um desfile até ao Centro Distrital da Segurança Social.

Contactado pela Lusa, o presidente da APPACDM de Braga, Bruno Silva, admitiu que a instituição “não tem tesouraria” para o pagamento daqueles subsídios.

No entanto, Bruno Silva negou qualquer tratamento discriminatório de sindicatos, mas sublinhou que não admite faltas de correção e de respeito. “As instituições têm de pautar-se pela retidão”, referiu.

Bruno Silva, que lidera a APPACDM desde fevereiro de 2024, tem dito que encontrou um “colossal” buraco financeiro, que poderá ascender a mais de três milhões de euros. “A APPACDM está sem tesouraria e não temos uma solução milagrosa”, referiu Bruno Silva à Lusa, em dezembro último.

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