Dois pinheiros-mansos, em Moreira de Cónegos e na Citânia de Briteiros, e uma camélia, em Fermentões, passaram a integrar a lista de exemplares protegidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), na sequência dos despachos publicados em Diário da República.
O exemplar da espécie Pinus pinea L., localizado na Citânia de Briteiros, apresenta grande impacto visual e destaca-se na paisagem com a sua configuração majestosa, referenciando, a grande distância, um importante povoado fortificado da II Idade do Ferro do Noroeste Peninsular, a citânia.
Cumpre-se, assim, o parâmetro de apreciação valorização estética do espaço envolvente e dos seus elementos naturais e arquitectónicos. Possui o valor estético singular da espécie, pela sua forma natural e copa ampla suportada por ramos de grande dimensão estendidos a partir de um tronco único, cumprindo-se o parâmetro de apreciação forma ou estrutura do arvoredo.
O exemplar da espécie Pinus pinea L., localizado em Megide, Moreira de Cónegos, apresenta um particular significado paisagístico, destacando-se na sua área imediata, acima do casario e restante coberto vegetal e tem um impacto visual marcante na paisagem, cumprindo-se o parâmetro de apreciação valorização estética do espaço envolvente e dos seus elementos naturais e arquitectónicos.
O ICNF classifica ainda de interesse público um exemplar isolado de Camellia japonica, localizado na Casa da Covilhã, em Fermentões.
Aponta o significado cultural, a sua existência, para além de estar interligada com a história da Casa da Covilhã, casa antiga com reconhecido valor cultural, que foi relevante na vida do arquitecto Fernando Távora, figura de relevo na cultura nacional contemporânea e de referência na área da arquitectura e contribui para perpetuar a sua memória, cumprindo-se o parâmetro de apreciação valor simbólico associado a figuras relevantes da cultura portuguesa.