O Tribunal da Relação do Porto adiou, na manhã de hoje, para 16 de Outubro, a decisão sobre o recurso dos arguidos do processo da chamada Máfia de Braga que foram condenados à pena máxima de 25 anos de prisão pela morte do empresário de Braga João Paulo Fernandes. Ao que o Vilaverdense apurou, os principais arguidos no processo negam os crimes e dizem que não há provas para os condenar. E consideram inválidas as escutas telefónicas que foram usadas em julgamento.
De acordo com a sentença lida em Dezembro, foram condenados a 25 anos de cadeia Pedro Bourbon, Manuel Bourbon, Adolfo Bourbon, Rafael Silva, Hélder Moreira e Emanuel Paulino, conhecido como Bruxo da Areosa.
O arguido Filipe Leitão foi condenado a cinco anos de cadeia e o arguido Filipe Monteiro a 120 dias de multa. Nuno Lourenço foi condenado a um ano e 10 meses, com pena suspensa. Seis arguidos foram condenados pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafacção de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver, incêndio e detenção de arma proibida.
Um sétimo arguido foi condenado a uma pena de multa, no valor de 720 euros, apenas por posse ilegal de armas.
Os restantes dois arguidos, com envolvimento menos gravoso no caso, foram condenados a penas suspensas: de um ano e dez meses, pelos crimes de falsificação ou contrafacção de documento e de incêndio, e de cinco anos, por furto qualificado.
Além das condenações, os arguidos vão ter de indemnizar a filha da vítima, de nove anos, em 500 mil euros, os pais em 80 mil euros e a mãe da menina em 10 mil euros.