O Tribunal Judicial de Braga procede esta sexta-feira à leitura do acórdão do julgamento de um homem de Cabanelas, de 70 anos, que está acusado de tentar matar a mulher com uma catana, em Outubro de 2019. No julgamento, o arguido negou o crime, dizendo que foi ela quem o agrediu.
O depoimento de um GNR, enquanto testemunha, contrariou, ainda que indirectamente, esta tese, uma vez que o militar disse ter ouvido o suspeito dizer “se ela sair agora de casa, mato-a”.
O GNR disse que o arguido estava exaltado e contou que a Guarda já por várias vezes tinha sido chamada à moradia do casal, normalmente pela mulher.
«Houve casos que foram comunicados ao Ministério Público, outros eram apenas questiúnculas», detalhou, o que levou a magistrada do Ministério Público a solicitar ao Tribunal que pedisse ao de Vila Verde o envio de um outro processo de violência doméstica entre o casal – já julgado.
No processo, a defesa tenta demonstrar que foi a mulher quem primeiro agrediu o companheiro, enquanto a acusação diz que foi ele quem avançou para lhe dar com a catana na cabeça, tendo-lhe acertado numa mão. Ela contra-atacou acertando-lhe com uma faca na barriga.
O arguido responde por um crime de violência doméstica e outro de homicídio qualificado na forma tentada. O colectivo de juízes ouviu, ainda, várias outras testemunhas, entre elas a filha da vítima e um agente da PJ/Braga mas cujas declarações se revelaram pouco importantes para a descoberta da verdade.