Até 2021 frota será renovada em cerca de 30%. Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) vão efetuar um investimento de 10 milhões de euros.
O objetivo, a realizar até 2021, contempla a aquisição de 36 novos autocarros – 27 a gás natural comprimido e nove elétricos. Os dados foram revelados por Ricardo Rio, presidente da Câmara, durante a Assembleia Municipal que se realizou esta sexta-feira.
Como explicou o Edil, este ´percurso árduo´ de renovação começou com uma candidatura a um 1º aviso do POSEUR para aquisição de seis autocarros elétricos, cujo financiamento foi aprovado em Assembleia Municipal em Novembro de 2017. Os autocarros ainda não estão disponíveis devido à necessidade de obter o visto do Tribunal de Contas, um processo que Ricardo Rio espera estar “resolvido num futuro próximo”.
A esses seis elétricos junta-se um investimento de seis milhões de euros em 14 viaturas a gás natural comprimido. O leasing operacional para a sua aquisição foi aprovado nesta Assembleia Municipal, o que representa um encargo de 300 mil euros anuais.
A GÁS NATURAL
“O investimento será aplicado em viaturas a gás natural comprimido porque o sistema elétrico ainda carece de maturação e pode pôr em causa a normal operação dos TUB. Neste momento, uma aposta exclusiva nos transportes elétricos para renovação da frota significaria um risco que não queremos correr. Estamos a incorporar paulatinamente essas viaturas elétricas, percebendo se os riscos inerentes são minimizados e não colocam em causa a fiabilidade do serviço”, acentuou o autarca.
Por fim, os TUB vão efetuar, até 14 de Outubro, uma candidatura a um 2º aviso do POSEUR (surgido na sequência de contactos com o Ministério do Ambiente) para apoio à aquisição de veículos ´limpos´ – financiamento de 85 % da diferença entre um autocarro ´limpo´ e um autocarro a diesel. Com base nesse financiamento os TUB vão submeter nova candidatura para adquirir mais 13 autocarros a gás natural e 3 elétricos, mantendo a proporção entre uma e outra fonte de alimentação dos veículos.
ESTADO DISCRIMINA
“Esta renovação da frota terá impactos positivos na atividade dos TUB, na segurança e disponibilidade dos autocarros, na qualidade de vida dos cidadãos e na sustentabilidade ambiental”, destacou Ricardo Rio, lamentando a “discriminação do estado central” nos apoios concedidos aos transportes públicos da área metropolitana de Lisboa e Porto – em termos de regalias dos utentes e financiamento para renovação da frota – face aos que fornecem o serviço fora dessas áreas.