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UGT quer salário mínimo nos 615 euros em 2019 e novo escalão de IRS

A UGT aprovou esta sexta-feira a política de rendimentos para 2019, defendendo um aumento de 6% do salário mínimo para 615 euros, de entre 3% e 4% para salários e pensões e um novo escalão intermédio no IRS.

“A UGT [União Geral dos Trabalhadores] vai apresentar em sede de Concertação Social uma proposta de aumento do salário mínimo para 615 euros, um aumento de 6%, o aumento de salários e pensões no sector público e privado com margem de negociação colectiva entre os 3 e os 4%, e, ao nível da fiscalidade, se é preciso mais rendimentos, sugerimos a introdução de mais um escalão no IRS, apostando na progressividade e redução da carga fiscal”, disse o secretário-geral da UGT à Lusa.

Carlos Silva falava à agência Lusa em Mação, no distrito de Santarém, onde foi aprovado o documento reivindicativo da UGT pelo Secretariado Nacional da central, na sua primeira reunião após as férias, e que tinha por objectivo definir a acção da central e dos seus sindicatos para o próximo ano, assim como as medidas que considera prioritárias em termos de Orçamento do Estado para 2019 (OE219).

Tendo feito notar que o importante é que o OE2019 inclua “medidas que valorizem o trabalho e os rendimentos das famílias, com aumentos salariais e redução de impostos”, o secretário-geral da UGT lembrou, por um lado, “a consciência de dificuldades e constrangimentos orçamentais”, e, por outro lado, um “cenário macroeconómico positivo, uma inflação estabilizada, e um crescimento económico em linha com as previsões”.

Carlos Silva defendeu como importante que “as empresas e o Estado deem provas de valorização do factor trabalho”, tendo afirmado que “não há aumentos salariais na administração pública há 10 anos” e que “os portugueses não tiveram culpa da crise”.

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