A Unidade Local de Saúde de Braga realizou, esta manhã, o primeiro procedimento cirúrgico robótico, um marco no processo de modernização e inovação tecnológica dos cuidados de saúde prestados à população da região.
As primeiras cirurgias, que decorreram com a assistência do recém-adquirido sistema robótico DaVinci, foram duas prostatectomias radicais assistidas por robô, focadas no tratamento de homens com cancro da próstata.
O sistema robótico DaVinci, o mais avançado da atualidade, é composto por quatro braços giratórios e elevatórios e pinças de alta precisão e flexibilidade, e permite uma abordagem cirúrgica segura e minimamente invasiva.
Este custou dois milhões de euros e faz parte de um investimento maior de quase nove milhões que o Hospital de Braga está a investir em inovação tecnológica.
Controlado por um cirurgião através de movimentos manuais e pedais, o robô proporciona uma visualização detalhada do campo operatório, garantindo uma precisão cirúrgica sem precedentes.
«Este avanço tecnológico facilita a preservação da continência urinária e da função erétil em doentes submetidos a prostatectomia radical, aspetos cruciais para a qualidade de vida dos pacientes após a cirurgia. A aquisição deste robô cirúrgico e a realização destas cirurgias são o culminar de um esforço de quatro anos para a aquisição do Sistema Robótico mais avançado do Mundo pela ULS de Braga», afirma Emanuel Carvalho Dias, Médico Urologista da ULS Braga, responsável pela primeira cirurgia robótica.
O Médico Urologista reitera que «a ULS Braga tem sido pioneira na cirurgia laparoscópica Urológica em Portugal e, com este novo passo, elevamos o padrão dos cuidados cirúrgicos que proporcionamos aos nossos utentes. Este marco foi possível graças ao esforço coletivo de toda uma equipa, incluindo gestores, cirurgiões, anestesistas e enfermeiros», acrescenta.
A chegada do robô cirúrgico insere-se numa estratégia mais ampla de atualização das infraestruturas tecnológicas da ULS Braga, que recentemente investiu em dois angiógrafos, duas ressonâncias magnéticas e uma TAC, num investimento global de 9 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
«Este notável desenvolvimento não só reforça o compromisso da ULS Braga com a inovação e a excelência médica, mas também estabelece a região como um referencial na vanguarda da tecnologia cirúrgica global, prometendo revolucionar os procedimentos médicos oferecidos, resultando em intervenções menos invasivas, recuperações mais rápidas e mais eficazes para os utentes», aponta a unidade, em comunicado.
Agora, com esta adição, são agora 13 as unidades do Serviço Nacional de Saúde que contam com este equipamento.
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Fotos: Hospital de Braga