Morreu, esta tarde, Daniel Cabrita, CGTP e militante do PCP.
O «incansável lutador» pelos direitos dos trabalhadores, natural do Barreiro, foi bancário e fundador da Intersindical Nacional. Chegou a ser preso e torturado pela PIDE.
«É com profunda tristeza e consternação que a CGTP-IN informa do falecimento de Daniel Cabrita, dirigente sindical e incansável lutador pelos direitos dos trabalhadores, que deu uma importante contribuição para o reforço do Movimento Sindical Unitário», refere a confederação sindical, em comunicado.
Anunciando a morte de Daniel Cabrita, um momento de «dor e pesar», a CGTP-IN declara apoio a família e amigos do militante.
Como homenagem, garante que vai «prosseguir a luta por um Portugal assente no projeto e nos valores de Abril, por uma sociedade sem classes, sem exploradores nem explorados», diz o comunicado.
Daniel Cabrita nasceu no Barreiro, em 1938 e começou a ser militante do PCP no início da década de 60, altura em que também iniciou atividade sindical Banco Totta onde era bancário.
Na nota, a CGTP recorda-o, ainda, como ativo na Oposição Democrática ao regime fascista.
Foi, ainda, presidente da Direção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e, em 1970, fez parte da fundação da Intersindical Nacional.
Em 1971, acabou preso pela PIDE, por pertencer ao Partido Comunista. Preso durante dois anos, foi submetido No ano seguinte, foi detido pela PIDE e acusado de pertencer ao Partido Comunista.
Submetido a várias torturas, esteve preso dois anos, o que desencadeou protestos a nível nacional.
Já depois do 25 de abril, fez parte dos gabinetes dos Ministros do Trabalho dos primeiros Governos Provisórios. Também foi candidato às eleições para a Assembleia Constituinte pelo MDP (1975), e às legislativas de 1980.
Voltou para a Intersindical em 1976, onde se manteve até 2008.
No Barreiro, também foi membro da Assembleia Municipal e dirigente do Cine Clube do Barreiro entre 1963 e 1965.
Já em 2014, foi homenageado pela Câmara, por ocasião das comemorações dos 40 anos do 25 de abril.
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