NATALIDADE (Portugal)

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Um terço dos recém-nascidos de Portugal têm mãe estrangeira

Nos últimos dez anos, os bebés nascidos em Portugal com mãe estrangeira mais do que duplicou. Hoje em dia, representam já um terço do total de nascimentos. O número de bebés nascidos de mães portuguesas diminui pelo segundo ano consecutivo.

A Grande Lisboa, Península de Setúbal e Algarve contam com praticamente metade dos nascimentos atribuídos a mães estrangeiras. Quanto ao saldo natural, a diferença entre nascimentos e mortes, o Norte tem o saldo mais negativo, enquanto a Grande Lisboa é a única a terminar 2024 com saldo positivo.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que, em 2024, verificaram-se menos 84.642 nascimentos, uma diminuição de 1,2%, invertendo a tendência de subida desde 2022. Destes, 33% representam filhos de mãe estrangeira, comparando com 16,4% em 2015.

A natalidade só não verificou baixas nas regiões do Oeste e Vale do Tejo (+1%), na Grande Lisboa (+0,9%), na Península de Setúbal (+0,3%) e na Madeira (+2,6%). Por outro lado, os Açores registaram a maior descida (-8,4%).

Ainda, dois terços dos nascimentos resultam de mães entre os 20-34 anos. Em relação a 2015, a proporção de bebés de mães com mais de 35 anos aumentou 2,4.

Com aumento dos óbitos, (de +0,1%, para os 118.374), o saldo natural foi prejudicado, sendo o 15.º ano consecutivo em que termina no vermelho (-33.732).

O Norte regista o pior saldo (-12.471), mas a Grande Lisboa, pelo segundo ano consecutivo, teve mais nascimentos do que óbitos (+929). É a única região com saldo positivo.

O INE aponta, ainda, o aumento da mortalidade infantil, uma taxa que passa de 2,5 para 3 óbitos por mil nados-vivos entre 2023 e 2024. Neste último ano, morreram 252 bebés com menos de um ano de idade (+42).

ovilaverdense@gmail.com

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