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Uma sala cheia 

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Opinião de Carolina Galeão Figueiras 

 

Apercebi-me que estava a ressignificar o conceito de falar em público. À medida que o confinamento se foi normalizando, e em que a nossa casa se tornou mais “casa”, fomos forçados a desenvolver uma adaptabilidade ao digital que ainda não tinha chegado a todos, não apenas para fins profissionais, mas também porque disso depende um contacto contínuo com o mundo. Uma sala cheia não é, neste momento uma opção, pelo que conviver passa por olhar o outro através de uma câmara, numa socialização adaptada. 

Falamos muito em teletrabalho, videoconferências e videochamadas com a família, mas não só disso dependem as nossas rotinas sociais. Outras organizações estão um pouco à margem deste tema e que, ou têm as suas rotinas adiadas, ou fazem o possível para se adaptar. 

Faço parte do Toastmasters desde 2016, uma organização sem fins lucrativos presente em mais de 140 países, dedicada à melhoria das competências de comunicação e liderança, através de um modelo de aprendizagem internacional partilhado pelos diferentes clubes. 

Através de percursos educacionais ajustados aos objetivos de cada um, as sessões são estruturadas com um ambiente de aprendizagem prática. Somos avaliadores e avaliados de forma a potenciar as melhores qualidades de cada um, enquanto oradores e líderes, eliminando dificuldades que condicionam uma entrega efetiva da mensagem. Repetições, muletas verbais e não-verbais e estruturação do discurso, são exemplos de obstáculos de comunicação que conseguimos eliminar eficazmente com a prática de falar em público nas sessões Toastmasters. 

Das atividades presenciais quinzenais, reestruturamos a nossa atuação, não apenas como clube local, mas como parte de uma organização global. Esta reorganização – que desejamos temporária e breve – trouxe-nos algumas considerações: percebemos que pode, por vezes, ser muito desafiante falar para uma câmara em comparação com uma sala cheia, onde a nossa capacidade de resposta ao público, e vice-versa, é muito mais imediata e percetível. 

Ganhei maior perspetiva sobre aquilo que é, no contexto atual, falar em público e ter uma sala cheia, que acredito que neste momento está mais próximo do que nunca de uma videoconferência – vejamos os exemplos diários das comunicações do Governo por essa via. Dominar esta competência é estar preparado para um mundo em constante mutação, no qual ser um comunicador confiante e competente pode fazer uma diferença absoluta. 

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