O reitor da Universidade do Minho (UMinho), Rui Vieira de Castro, disse esta terça-feira que se “está a trabalhar” na resolução dos problemas já identificados no Teatro Jordão Garagem Avenida, após protesto de estudantes contra a falta de condições.
Em 20 de Abril, cerca de meia centena de alunos dos cursos de Teatro e de Artes Visuais, que passaram a ser ministrados nas instalações do Teatro Jordão e da Garagem Avenida, em Guimarães, manifestaram-se pelas ruas da cidade contra a falta de condições dos espaços.
Os estudantes protestaram contra a falta de Internet, de água, de um bar, de uma cantina e das condições das salas de ensaio, entre outras reclamações.
Confrontado esta terça-feira com as queixas e se os problemas já tinham sido resolvidos, o reitor da UMinho respondeu que os problemas “já estavam identificados”, sublinhando que a melhoria das condições é “um processo contínuo”.
Rui Vieira de Castro falava após a cerimónia de assinatura do contrato de comodato, em que o município de Guimarães, cedeu, a título gratuito, os edifícios reabilitados do Teatro Jordão e da Garagem Avenida para instalação das licenciaturas em Teatro e em Artes Visuais, ministradas pela UMinho, e do Conservatório de Guimarães, da Sociedade Musical de Guimarães.
“Acompanhei muito de perto todo o processo de criação da licenciatura em Teatro e da criação da licenciatura em Artes Visuais. Tenho consciência das condições em que estas licenciaturas foram inicialmente desenvolvidas. Não eram as melhores condições. A universidade procurou, dentro das limitações de recursos que todas as instituições têm, ir melhorando progressivamente essas condições”, afirmou o reitor aos jornalistas.
Rui Vieira de Castro salientou que o Teatro Jordão e a Garagem Avenida “representam indubitavelmente um enorme salto qualitativo nas condições de funcionamento destas duas licenciaturas, mas reconhece que “há questões” por solucionar.
“Relativamente ao uso da Internet, de algumas condições de infra-estrutura que foram identificadas como problemáticas, elas estavam identificadas desde o início, as direcções de curso estavam muito cientes disso, as escolas que acolhem esses cursos estavam muito cientes, da mesma forma que estava a reitoria da universidade. Agora, isto é um trabalho em contínuo, de melhoria contínua”, declarou o reitor.
Para Rui Vieira de Castro, “é importante distinguir aquilo que é essencial daquilo que são necessidades próprias resultantes da ocupação de edifícios novos e da necessidade” de se estar atento à melhoria dessas condições.
O reitor disse ainda que vai ser criado um espaço para as refeições dos estudantes no edifício do Centro de Formação Pós-Graduada, que fica junto ao Teatro Jordão, “para apoiar os estudantes no que diz respeito à alimentação”.
Outra das necessidades já identificada é a criação, no futuro, de uma biblioteca.
Actualmente, estudam em Guimarães cerca de 350 alunos da UMinho.