A Universidade do Minho (UMinho) participa num projeto europeu que “vai preparar atuais e futuros docentes para promoverem a aprendizagem de forma ativa, colaborativa e contextualizada”, através da educação maker, incentivando a criatividade, a resolução de problemas e a experimentação por parte dos estudantes, anunciou esta quarta-feira a academia minhota.
Em comunicado, a UMinho refere que o projeto chama-se “Teacher Academy for Maker Education”, tem fundos do Programa Erasmus+ da Comissão Europeia até abril de 2028 e incide nos ensinos básico (3.º ciclo) e secundário, sobretudo das áreas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Matemática).
A iniciativa é liderada pela Universidade de Talin (Estónia) e tem como parceiros, além da UMinho, o Laboratório Europeu de Tecnologia Educativa, o Instituto de Políticas Educativas, a Universidade Aristóteles de Salónica, o Grupo de Ensino Mantoulidi (todos da Grécia), o Trinity College Dublin (Irlanda), a Universidade de Educação de Weingarten (Alemanha) e a Escola Secundária Kadrina (Estónia).
Conta ainda com parceiros associados como o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, os Agrupamentos de Escolas de Carlos Amarante e de Real e o Centro de Formação Sá de Miranda, em Portugal, além de entidades governamentais, escolas e empresas gregas e alemãs, nomeadamente o Centro para a Qualidade das Escolas e da Formação de Professores de Baden-Württemberg, a Escola Superior Intercultural de Atenas, o Gymnasium Mygdonias, o Factory IKE-JOIST Innovaton Park e a DuckyCode.
“O projeto quer levar a educação maker dos contextos informais (como clubes e bibliotecas) para a escola, integrando-a no currículo escolar e estimulando competências fulcrais no século XXI, como pensamento computacional, criação prática coletiva e inovação tecnológica. Para alcançar esse objetivo, a Academia Europeia de Educação Maker desenvolverá módulos de aprendizagem, recursos didáticos e formações inovadoras, sob a forma de cursos breves e escolas de verão, que possibilitarão a mobilidade de atuais e futuros docentes das áreas STEM”, explica a universidsade.
Na UMinho, o projeto é coordenado pela professora Laurinda Leite e envolve também Ana Sofia Afonso, António Osório, Floriano Viseu, Helena Martinho e Luís Dourado, todos do Centro de Investigação em Educação, do Instituto de Educação, além de Pedro Rangel Henriques e Cristiana Araújo, do Centro Algoritmi e Departamento de Informática, da Escola de Engenharia.
A primeira reunião do consórcio foi há dias em Talin e a segunda reunião é em novembro, em Braga. “Nessa altura analisaremos as primeiras versões dos módulos de formação, a implementação de cursos de formação e summer schools, com inicio previsto para fins de 2026, e, também, as condições para a mobilidade de atuais e futuros professores, incluindo estudantes da UMinho e professores das escolas de Braga onde serão testadas as propostas maker do projeto”, explica Laurinda Leite.
A meta é que a Academia agora criada seja sustentável e, após 2028, continue a oferecer formação, consistente com o relatório de makerspaces da Comissão Europeia e o Quadro Europeu de Competências-Chave para a Aprendizagem ao Longo da Vida. “Isto é decisivo não só para a educação e formação dos jovens, mas também para a sua inserção no mundo do trabalho, que, num futuro próximo, exigirá competências profissionais difíceis de antecipar”, frisa Laurinda Leite.