A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga iniciou, em dezembro, a consulta de risco oncológico. Esta nova valência visa acompanhar indivíduos com mutações genéticas associadas a um risco elevado de desenvolver determinados tipos de cancro, garantindo a deteção precoce para que haja personalização dos cuidados de saúde.
A consulta destina-se a portadores de mutações genéticas patogénicas, abrangendo tanto aqueles com história prévia de cancro e em risco de desenvolverem novas neoplasias, como indivíduos sem diagnóstico oncológico.
«Com esta consulta, queremos oferecer um acompanhamento especializado e preventivo que pode fazer a diferença no prognóstico dos nossos doentes», sublinha, em comunicado, a diretora do serviço de oncologia da ULS Braga, Cláudia Caeiro.
«A vigilância adaptada a cada perfil genético é um pilar essencial na luta contra o cancro e esta iniciativa reflete a nossa aposta em cuidados mais personalizados e eficazes», acrescenta.
Estes utentes são encaminhados para a consulta de risco oncológico a partir da consulta de genética médica, após identificação de uma mutação genética relevante, ou referenciados por outro profissional de saúde, desde que já haja uma alteração genética identificada.
Cada caso será acompanhado com base em protocolos específicos que permitem monitorizar e identificar precocemente eventuais neoplasias, assegurando uma vigilância ajustada às necessidades de cada indivíduo.
Atualmente, a consulta de risco oncológico decorre quinzenalmente, com a perspetiva de, em breve, ser ampliada para uma periodicidade semanal. Estão destacados dois médicos oncologistas para levar a cabo este serviço.
