A Universidade do Minho integra um dos maiores estudos de avaliação do impacto da covid-19 na saúde da população mundial. A investigação envolve 200 cientistas de 30 países e “quer compreender que perfis de pessoas têm maior ou menor risco de ter problemas de saúde durante uma pandemia”.
O gabinete de comunicação da Reitoria adiantou esta terça-feira que o estudo, intitulado ‘Collaborative Outcomes study on Health and Functioning during Infection Times’ (COH-FIT), tem colaboração de dois investigadores portugueses: Pedro Morgado (Escola de Medicina da UMinho) e Sofia Brissos (Centro Hospitalar de Lisboa).
Através do inquérito, que coleta dados de cem mil participantes, os investigadores podem ainda perceber “quais são os fatores de proteção que podem beneficiar as pessoas”, para, assim, poderem criar programas de intervenção adequados a esta e a futuras pandemias.Envolve parceiros internacionais, como a Associação Mundial de Psiquiatria, a Associação Europeia de Psiquiatria e a organização de Prevenção de Doenças Mentais e Promoção da Saúde Mental do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, bem como várias universidades e associações de saúde nacionais.
O projecto é liderado por Christoph Correll, professor na Escola de Medicina de Zucker (EUA) e na Charité – Universitätsmedizin (Alemanha), e Marco Solmi, professor na Universidade de Pádua (Itália) e no King’s College (Reino Unido).
“Esta investigação, em mais de 70 países, permite compreender os impactos das medidas que foram tomadas em cada país, bem como a existência de diferentes respostas públicas; os dados obtidos desenharão respostas de saúde mental que ajudem a prevenir os seus impactos, bem como a implementar programas de deteção precoce e tratamento”, refere Pedro Morgado, citado pela Reitoria.