Arranca na próxima semana o processo de vacinação contra a covid-19 aos profissionais de serviços considerados essenciais, como bombeiros e forças de segurança e ainda aos titulares de cargos públicos. Há também um novo grupo prioritário definido, as pessoas com mais de 80 anos, cuja vacinação deverá ser feita a uma grade maioria (80%) até final de Março. O anúncio foi feito esta segunda-feria de manhã, em conferências de imprensa, pela Ministra da Saúde, Marta Temido.
A Ministra esteve reunida com a equipa responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, tendo depois da reunião de trabalho revelado que o objectivo traçado pela Comissão Europeia na semana passada é também um desígnio a cumprir, confirmando por isso o objetivo de acelerar o ritmo de vacinação.
«Um objetivo que a Comissão Europeia deu nota a semana passada para acelerar o ritmo de vacinação no espaço europeu tendo como objetivo, até Março de 2021, todos os estados membros tenham 80% dos profissionais de saúde e acção social vacinados, assim como 80% das pessoas com mais de 80 anos», afirmou Marta Temido.
«Estamos a trabalhar na actualização do plano de vacinação para termos este novo grupo que acresce aos que já estavam definidos», acrescentou.
VACINAÇÃO NOS LARES TERMINA ESTA SEMANA
A vacinação nas estruturas residenciais para idosos termina esta semana, ficando somente a faltar os idosos e funcionários dos lares com surtos activos.
«É possível que este objectivo seja cumprido. Sê-lo-á esta semana», declarou Marta Temido.
VACINAÇÃO A PESSOAS COM MAIS DE 50 ANOS E COM DOENÇAS DE MAIOR RISCO
Segundo a Ministra, a partir da próxima semana arranca também a campanha de vacinação junto das pessoas com mais de 50 anos e com doenças «identificadas como tendo maior risco de internamento ou de desfecho fatal» (tais como doença coronária, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica).
«Hoje mesmo, na reunião, foram discutidos os mecanismos que vão ser estabelecidos para a avaliação de desvio de acordo com as regras de vacinação de grupos prioritárias», contou, prosseguindo, «devem ser objecto da necessária censura social, caso se comprove que aconteceu. Mais que tudo é a censura social que deve prevalecer. Temos de perceber que o melhor que podemos fazer é proteger os outros». Marta Temido sublinhou ainda que a questão passa por respeitar a prioridade da vacinação a quem está na linha da frente.