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Vento forte provoca mais de 500 ocorrências. Sub-região do Cávado e Alto Minho foi das mais afetadas

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 18:00 de terça-feira e as 07:00 desta quarta-feira 567 ocorrências relacionadas com o vento forte, a grande maioria quedas de árvores.

“Entre as 18:00 de ontem [terça-feira], quando começou o quadro meteorológico mais adverso, e as 07:00 de hoje temos o registo de 567 ocorrências, sobretudo relacionadas com o vento, sendo 404 quedas de árvores, 14 inundações, 20 limpezas de via, 116 quedas de estruturas e 13 movimentos de massa”, disse à Lusa José Costa, oficial de operações na ANEPC.

De acordo com José Costa, nestas ocorrências foram empenhados 1.805 operacionais e 627 meios terrestres.

“As áreas mais afetadas foram a Área Metropolitana do Porto, Alto Minho e Sub-Região do Cávado”, adiantou.

RECOMENDAÇÕES

A mesma fonte da ANEPC apontou ainda as recomendações à população já emitidas, lembrando que nas próximas horas estão em vigor vários alertas meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Num aviso à população, a ANEPC recomendou hoje à população, em particular à das zonas historicamente mais vulneráveis e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que tome medidas preventivas face à previsão de fortes chuvas, ventos e agitação marítima, e precauções na circulação.

Segundo a ANEPC, é expectável a ocorrência de inundações em zonas urbanas e de cheias, e movimentos de massa (como deslizamentos e derrocadas) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais.

Segundo o IPMA, a tempestade Kirk deverá deslocar-se para noroeste da península ibérica, após passar a norte do arquipélago dos Açores, e aproximar-se do continente na manhã de quarta-feira, depois do agravamento das condições meteorológicas já registado na tarde de hoje.

A autoridade referiu que o eventual impacto destes efeitos meteorológicos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados.

Em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que ficaram sem coberto vegetal e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável, mais expostas e vulneráveis à precipitação, a ANEPC recomenda medidas preventivas, como garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas.

Recomenda ainda à população que garanta uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, e que tenha especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte.

A adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e com especial cuidado a lençóis de água nas vias, e não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas, são outras das recomendações.

Outros efeitos expectáveis, conclui, são a contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais e o arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

ovilaverdense@gmail.com

Foto: Arquivo

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