O presidente do Chega, André Ventura, disse esta terça-feira, no final de uma audiência com o Presidente da República, que o partido que lidera vai assumir o “estatuto de líder da oposição” e que terá um “Governo alternativo” pronto a substituir o da AD.
Em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após uma audiência de cerca de 40 minutos com Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura garantiu que o Chega estará preparado para “a qualquer momento” poder governar o país, caso haja novas eleições.
“Tivemos a oportunidade de dizer ao Presidente da República que aguardamos os resultados finais das eleições, porque está ainda pendente quem será o líder da oposição e a segundo força política. Tudo leva a crer que seja o Chega, mas a confirmação só surgirá a 28 de maio. Isso mudará o xadrez político”, começou por dizer André Ventura.
O líder do Chega garantiu que o partido assumirá esse “papel de liderança da oposição” e que “deve ser alternativa ao Governo e escrutinar o Governo”. “O Chega deve ser líder da oposição e com um governo preparado caso venha a ser escolhido pelos portugueses em eleições futuras”, assegurou.
André Ventura referiu que disse a Marcelo Rebelo de Sousa que, não obstante o “mar de diferenças” que o separa da AD e do PS, procurará ser “um farol de mudança e de estabilidade”, mas “não estabilidade a qualquer custo”.
“O Chega é como sempre foi um partido responsável, o país não precisa de mais eleições. O país precisa de ter rumo, ordem e caminho de combate à corrupção e dar condições a quem trabalha. Apesar deste mar que nos separa, o Chega procurará ser um farol de mudança e de estabilidade, aberto como sempre esteve ao diálogo e às medidas boas para o povo português”, vincou o presidente do Chega.
