Os vereadores do PS na Câmara de Vila Verde estão «indignados» por não terem sido convidados para a «merecida homenagem» desta quinta-feira ao GDR Ribeira do Neiva, «cujo voto de louvor foi proposto pelos próprios vereadores do PS».
«Em democracia, não é saudável afastar a oposição da vida política concelhia», referem os eleitos socialistas, esta sexta-feira, num comunicado enviado às redacções.
No texto, os representantes do PS dizem ter tido conhecimento da homenagem, que consideram «justa», «através da imprensa local», acusando o executivo de ter tido um «comportamento sectário e discriminatório».
«Aliás, esta é uma conduta que se repete de forma sistemática, sendo um padrão de actuação já que tem acontecido inúmeras vezes em clara violação do disposto no estatuto da oposição», sublinham.
Recordando que o executivo municipal de Vila Verde é composto por sete elementos, José Morais, Luís Castro e Cláudia Pinto reiteram que «não foram informados ou convidados a participar nesta cerimónia, como acontece com muitas outras cerimónias organizadas pela autarquia em que telefonam, enviam email ou formalizam convite junto dos vereadores do PS de outra qualquer forma».
«E, neste caso em particular, ainda é mais grave uma vez que foi por proposta dos vereadores do PS que a Câmara deliberou na reunião de 6 de Maio de 2019 aprovar um voto de louvor ao GDR Ribeira do Neiva», vincam.
Os vereadores do PS acrescentam que «a Câmara não pode ser encarada como uma coutada particular» e que «os eleitos não se podem comportar como se um órgão representativo do povo fosse propriedade sua».
«Independentemente das opções políticas de cada um, os órgãos do município representam todos os vilaverdenses e os vereadores do PS fazem legitimamente parte do órgão camarário, representado ali os vilaverdenses que neles votaram», apontam.