A Vila de Prado voltou, este domingo à noite, a cumprir a tradição do Ovo na Ponte. Com o tabuleiro da ponte cheio como um ovo, à meia-noite, ao som do fogo de artifício, comeram-se ovos, deitaram-se as cascas ao rio Cávado, livrando-se, quem o fez, como reza a lenda, das dores de cabeça para o ano inteiro.
Albano Bastos, presidente de Junta de Freguesia da Vila de Prado, era um homem satisfeito, sobretudo com a “moldura humana registada”.
“Conheço bem esta tradição desde criança e, à meia-noite, bate-se com o ovo na testa, come-se e deitam-se as cascas ao rio, sempre na presença de uma excelente moldura humana”, declarou.
Para o autarca, “uma ponte cheia” mostra “a crença das pessoas na iniciativa”.
Quem faz questão de ali marcar presença em cada edição é a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde. Júlia Fernandes falou numa “enorme multidão, referindo que “a lenda funciona lindamente, desde que devidamente cumprida”.
Júlia Fernandes deixou, também, palavras de apreço para a organização. “Parabéns para a Junta de Freguesia da Vila de Prado e para todos que contribuem para manter viva a tradição que concentra milhares de pessoas em cima da ponte, na expectativa de não ter dores de cabeça durante o ano inteiro”.
O pradense Patrício Araújo, vereador no município de Vila Verde, disse “conhecer o evento desde a sua juventude” e que “comprovadamente resulta”. “Uma tradição que conheço desde a minha juventude, a qual tem como objetivo impedir esta multidão de ter dores de cabeça o ano inteiro”, acrescentou.
Num momento de convívio, nunca falta a boa disposição, muitos ovos cozidos, bebidas e, claro, muitos registos fotográficos.
O “Ovo na Ponte” regressa na noite de Páscoa de 2026.
Texto: Emílio Costa (CO 1179)
