A mulher que foi regada com álcool pela própria filha, em agosto do ano passado, num apartamento na Vila de Prado, confirmou esta quarta-feira a generalidade dos factos que constam da acusação, mas negou que a agressora a tenha tentado asfixiar com um pano. O caso começou a ser julgado no Tribunal de Braga.
No seu depoimento, a vítima disse que, durante a madrugada de 24 de agosto do ano passado, a filha entrou no quarto e atacou-a com uma faca na zona do abdómen, tendo-a então regado com vodka – que também a terá obrigado a beber – e ateado fogo. O incêndio provocou queimaduras na vítima, que conseguiu fugir para um logradouro, e danificou o quarto.
No entanto, ao contrário do que refere a acusação do Ministério Público (MP), negou que a filha tenha usado um pano impregnado em álcool para a tentar asfixiar. Inquirida pelo procurador do MP, que alertou para o facto de essa ser uma versão diferente da que foi apresentada em sede de inquérito, a vítima disse que esta é que é a “versão verdadeira”.
Durante o testemunho, a mãe disse que a filha não tinha vivido com ela até aos seis anos e que apresentava problemas do foro psiquiátrico. À data dos factos, segundo afirmou, a arguida estava a ser seguida pela psiquiatria, depois de já ter estado no Hospital de Braga, mas não tomava os medicamentos que lhe haviam sido prescritos.
A arguida, uma mulher de 27 anos, que está em prisão preventiva, não quis prestar declarações.