O antigo vereador da Câmara de Vila Verde António Zamith Rosas disse esta quarta-feira, em julgamento, que «não houve qualquer premeditação» para entregar o lugar de chefe de Divisão Financeira da autarquia a Sofia Sampaio, em 2009.
Zamith Rosas, que era o presidente do júri, disse ainda que não aceitou qualquer «encomenda» de António Vilela para favorecer a candidata que viria a sair vencedora.
«Não houve qualquer premeditação para viciar ou adulterar os dados do concurso. Estou acusado de ter feito uma coisa que nunca fiz e que nunca faria», afirmou.
Esta foi também a tese do professor da UMinho António Ferraz, membro do júri e que foi também ouvido como arguido, num julgamento, por prevaricação, que envolve, ainda, presidente da Câmara, António Vilela, e a jurista municipal Ângela Silva.
Vilela e Ângela Silva são ouvidos na próxima segunda-feira. Já a inquirição das testemunhas ainda não tem data marcada.
Os quatro respondem por alegadamente terem influenciado, em 2009, um concurso público de contratação de uma chefe da divisão financeira que ainda se mantém na função.
A acusação considera indiciado que Vilela, com a colaboração dos demais arguidos, beneficiou nesse procedimento a candidata a quem pretendia entregar o referido lugar.