Com o objetivo de consolidar a implementação do novo projeto de recolha seletiva e transformação de biorresíduos no concelho, a Câmara de Vila Verde decidiu desafiar instituições e empresas ligadas à restauração para aderir à campanha ‘Agora Sim, Nada Se Perde’.
Nesse sentido, foi preparado um conjunto de medidas para que os grandes produtores de resíduos alimentares possam alterar os hábitos de separação e encaminhamento dos lixos, sem criar obstáculos ou problemas acrescidos na sua atividade corrente. Estes biorresíduos destinam-se à produção de fertilizante natural e de energia.
Num encontro com representantes de empresas de hotelaria e restauração e instituições com cantinas, a presidente da Câmara Municipal, Júlia Fernandes, sublinhou a importância da adesão destes grandes produtores para o sucesso do programa que visa garantir comportamentos mais sustentáveis e amigos do ambiente no concelho.
A autarca adiantou que o novo projeto ao nível dos biorresíduos integra um novo ciclo de investimentos na gestão dos resíduos que o Município de Vila Verde vai implementar, promovendo o reforço do serviço e dos circuitos de recolha em todas as freguesias.
“Combater o desperdício e promover a sustentabilidade e defesa do meio ambiente constitui uma prioridade e uma emergência de importância capital para a vida e para o futuro de todos nós. Precisamos de tomar medidas concretas e assumir hábitos diários mais saudáveis e sustentáveis”, defendeu Júlia Fernandes.
Como explicou o vereador Patrício Araújo, responsável pelo pelouro do ambiente, o Município vai disponibilizar sacos verdes de 25 litros e contentores de 120 a 240 litros para os grandes produtores de resíduos alimentares depositarem os restos alimentares passíveis de serem transformados em compostagem.
Restaurantes e cafés, quintas de eventos, escolas e IPSS com serviços de cantina são alguns exemplos de grandes produtores envolvidos no projeto ‘Agora Sim, Nada Se Perde’, financiado do Fundo Ambiental. Os restos alimentos (cozinhados ou não) representam cerca de um terço do lixo indiferenciado.
Entre os biorresíduos alimentares incluem-se os restos de hortaliças e legumes, fruta, borras de café e saquetas de chá, cascas de ovos, pão, bolos, cascas e frutos secos, restos de comida cozinhada com gordura, carne, peixe, marisco, sopa, ossos, espinhas ou molhos, lacticínios e citrinos. Fazem ainda parte guardanapos, palitos e outros materiais biodegradáveis usados na alimentação.
Os sacos para biorresíduos alimentantes são depositados normalmente nos contentores de lixo indiferenciado e depois selecionados na triagem mecânica do aterro da Braval, para serem transformados em composto orgânico e energia.