A encerrar o ‘Mês do Romance’, Vila Verde prestou homenagem às ‘Bordadeiras’ dos tradicionais lenços de namorados, com a inauguração de uma escultura que «eterniza o lenço, Vila Verde e, sobretudo, as mulheres (e homens) que, desde o século XVIII e até aos nossos dias, continuam a pôr todo o amor nas escritas e nos símbolos que os nossos antepassados tanto valorizavam».
Foi com estas palavras que a presidente da câmara municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, assinalou o momento mais marcante da edição de 2024 da longa programação do Mês do Romance.
Na presença de mais de uma dezena de bordadeiras e de uma das impulsionadoras dos tradicionais ‘lenços de amorados’, Conceição Pinheiro, a autarca destacou a «justa homenagem a estas mulheres (e também homens) que têm mantido vivos o Lenços de Namorados e as escritas de amor».
A escultura que passa a «embelezar um dos jardins mais vistosos» de Vila Verde representa a mulher (Maria) e o homem (Manel), trajados com os trajes regionais, onde pontuam adereços dos lenços de namorados e uma representação de um lenço que destaca a palavra ‘Amor’.
«Representa o amor à terra, às bordadeiras, aos namorados e o amor que devem pontuar na família», referiu o autor da escultura, sublinhando, assim, a escolha por um par de enamorados. O escultor Maciel Cardeira destacou que é uma obra que representa «a memória de um tempo» e que quer transmitir «os valores do Amor. Sem amor, não existem famílias e sociedades felizes. A falta dele leva à guerra».
A ‘Bordadeira’ imortaliza, assim, o Lenço de Namorados, ícone identitário do concelho de Vila Verde, e as mãos hábeis daquelas/es que «são absolutamente fundamentais na preservação e na valorização desta tradição do século XVIII», rematou Júlia Fernandes.
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