Num ato «simbólico» para lembrar aqueles/as «que estiveram na primeira linha» da restauração da democracia em Portugal, Vila Verde homenageou, esta manhã, os membros das duas comissões administrativas do Concelho nomeadas após o 25 de abril de 1974. Um ato dinamizado pela Comissão de Homenagem aos Democratas do distrito de Braga que enquadrou ainda a condecoração pelo Exército Português do ex-soldado vilaverdense da Guerra do Ultramar Belmiro Sousa Lima, natural de Moure e residente em Freiriz.
Um ato solene que homenageou, assim, os membros das duas comissões administrativas do Concelho nomeadas após o 25 de abril de 1974: Martins Costa, Presidente da 1ª Comissão (por motivos pessoais, não pôde estar presente); António Estrada; Célia Gonçalves; José de Sousa Vieira – (Presidente da 2ª Comissão); Aurélio de Sousa e Teresa Lago. A título póstumo, foram também homenageados João Lima Cruz, José Arantes Meneses, Augusto Fernandes, Aníbal Peixoto e Aristides de Sousa.
«É uma simples homenagem, como é timbre do povo de Vila Verde, simples e genuíno», declarou, na ocasião, a presidente da câmara municipal de Vila Verde. Júlia Fernandes assinalou, assim, «o combate, a coragem, a sabedoria e a determinação que estes homens e mulheres tiveram para aguentar a gestão concelhia até à realização das primeiras eleições autárquicas livres», em 1976.
Lembrando que foram estes que estiveram «na primeira linha da defesa dos valores de Abril, assinalou que «esses valores não podem se esquecido. Por isso, foi para a escolas (essencialmente) que dirigimos estas comemorações, pois nasceram depois do 25 de Abril e têm como adquiridos a paz, a liberdade, a igualdade, a justiça, o direito à manifestação e à opinião. Têm que aprender a valorizar que essas são conquistas ainda muito recentes».
EXÉRCITO E 25 DE ABRIL «SEMPRE»
No decurso da cerimónia, foi homenageado o ex-soldado vilaverdense Belmiro Sousa Lima, que serviu a ‘Pátria’ na guerra do Ultramar, em Angola, de 73 a 75.
«Este é um momento singelo, mas queremos que sirva de inspiração para continuar a servir Portugal», referiu o Comandante do Regimento de Cavalaria Nº 6, Coronel de Cavalaria José Pedro Mataloto, que fez uestão de sublinhar que «são os combatentes de hoje que fazem um país em crescimento».
DEMOCRATAS E A «MEMÓRIA PARA SAUDAR LIBERDADE»
«Esta cerimónia, além de justa, tem um significado maior, pois é de vital importância para cumprir de forma justa o que foi esquecido durante décadas», deu ainda conta o presidente da Comissão de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga, Paulo Sousa.
Sublinhou mesmo que «hoje evocamos a memória para saudar a Liberdade, para que ninguém esqueça o quer foi viver sob a mordaça de uma ditadura durante 48 anos».
A cerimónia culminou com a abertura da grade dos livros censurados pelo Estado Novo.
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