OPINIÃO -

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Vila Verde no combate às alterações climáticas

Vivemos num tempo em que é urgente tomar atitudes concretas no combate às alterações climáticas.

Se nada se fizer em termos de política ambiental, prevê-se que a temperatura média global aumente entre 1,1ºC e 6,4ºC ao longo deste século. A utilização de combustíveis fósseis, a desflorestação e a agricultura, dão origem a diversas emissões Tais como: de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e fluorocarbonetos. Os gases com efeito de estufa (GEE) capturam o calor que é irradiado da superfície terrestre e impedem-no de se libertar para o espaço, causando um aquecimento global.

Este aquecimento global tem provocado, como todos temos visto, fenómenos climáticos extremos (como inundações, secas, chuvas fortes e vagas de calor), incêndios florestais, escassez de água, o desaparecimento de glaciares e a subida do nível do mar, alterações nos padrões de distribuição ou mesmo extinção de espécies da fauna e da flora, doenças e pragas das plantas, escassez de alimentos e de água doce e a migração de pessoas que tentam escapar a essas ameaças. De acordo com dados científicos, “os riscos de alterações irreversíveis e catastróficas aumentarão consideravelmente se o aquecimento global for superior a 2°C em relação aos níveis pré-industriais”.

Nesse sentido é urgente tomar vários tipos de medidas, umas menos rigorosas e relativamente baratas como conservação dos recursos hídricos, modificação da rotação de culturas, utilização de variedades que resistam à seca, planeamento público e ações de sensibilização, e outras mais dispendiosas como aumentar a altura dos diques, relocalizar portos, indústrias e pessoas para longe de zonas costeiras baixas e planícies aluviais.

A União Europeia tem uma estratégia de combate/adaptação às alterações climáticas que tem por objetivo tornar a Europa mais resiliente a estas alterações.

É neste contexto que se insere a Estratégia Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da NUT III Cávado, integrado na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas. Todos os municípios deram o seu contributo para o desenvolvimento de um estudo que teve como objetivo analisar as vulnerabilidades da NUT III Cávado e do seu território às alterações climáticas.

Vila Verde mostra estar atenta a estas questões e foi palco da sua apresentação, recentemente, na Casa do Conhecimento. Nessa sessão o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, sublinhou a urgência e a importância deste combate. Nesse sentido fez referência à estratégia global que o Município  vai desenvolver definindo “medidas que vão ao encontro de uma proteção ambiental de forma a minimizar essas alterações” frisando que, “cada vez mais é necessário despertar a consciência dos cidadãos para os feitos nefastos das alterações climáticas e de que todos podemos ter pequenos gestos que farão toda a diferença na proteção e preservação ambiental”. Referiu, ainda, que esta ação de melhoria e mudança ambiental tem por objetivo “ter uma terra verde, onde as pessoas se sintam bem e possam usufruir do nosso excelente património natural”.

Localmente, com uma Estratégia Global Concelhia, integrada numa Intermunicipal, cabe-nos, a cada um de nós cidadãos, dar o seu contributo com cada atitude que tomamos.

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