Numa nota enviada às redações, esta sexta-feira, o Ministério da Saúde refere que seis meses depois de ter sido declarado em Portugal o surto causado pelo vírus Monkeypox, foram contabilizados até à data 948 casos.
Este mês foi detectado apenas um caso, «o balanço mais reduzido desde o início da epidemia». «É um balanço muito positivo, mas não significa a erradicação do vírus, pelo que se manterá a vigilância», acrescenta.
Assim, e apesar da baixa circulação do vírus atualmente, a tutela recomenda fortemente a vacinação das pessoas em risco. «A vacina para Monkeypox mantém-se com marcação prévia, mediante o cumprimento de critérios de elegibilidade», informa.
O gabinete do ministro Manuel Pizarro assinala que «a resposta a este surto reforçou a importância da colaboração entre profissionais de saúde, associações de base comunitária, pessoas e setores mais afetados pela infeção».
No comunicado, recorda que «Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de infeção por Monkeypox», um surto com características diferentes de situações anteriores, e que viria a tornar-se uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Foi por isso necessário, em Portugal e nos outros países, «identificar os principais sintomas, períodos de incubação e vias de transmissão, de forma a informar e definir medidas de prevenção eficazes e interromper cadeias de transmissão».
A partir de Julho, disponibilizou-se a vacina. Inicialmente escassa serviu apenas os contactos de casos, sendo depois alargada a outras pessoas em maior risco. «Até ao momento foram vacinadas 1190 pessoas», descreve o Ministério da Saúde.
Elogiando o empenho da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e da comunidade «na abordagem atempada e serena deste surto», a tutela reconhece o «contributo decisivo da sociedade civil nesta resposta».