A vítima, uma cidadã brasileira de nome Jessyca, e cinco outras testemunhas de acusação confirmaram, esta segunda-feira, em julgamento no Tribunal de Braga as alegadas agressões, ameaças e insultos que aquela sofreu às mãos do ex-companheiro Giovanni de Lorenzo, de 30 anos, com quem viveu em 2018, na Maia e em Braga.
O colectivo de juízes ouviu a versão da vítima, que descreveu as ameaças e agressões de que foi alvo, o que foi corroborado pelo seu padrasto, pela directora do Colégio de Nossa das Graças (onde está institucionalizada por ordem judicial a filha de ambos) e de três amigas, as quais contaram que a Jessyca andava deprimida e com muito medo das possíveis atitudes violentas de Giovanni.
O Tribunal ouviu, ainda, a mãe do arguido, que confirmou que as relações entre o casal eram conflituosas.
PERITO
Estava prevista a audição de um perito em Psiquiatria que se iria pronunciar sobre os relatórios médicos, na sequência de um requerimento do advogado de defesa Luís Vaz Teixeira, feito na primeira audiência, para tentar demonstrar a inimputabilidade do arguido, ainda que parcial.
O jurista pediu que o seu dossier clínico, que está no Hospital Magalhães Lemos, do Porto, viesse a Tribunal e fosse comentado pelo perito que havia afirmado que o arguido é imputável.
O advogado da vítima, João Ferreira Araújo, de Braga, não se opôs, pelo que o requerimento foi aprovado.
O julgamento, que decorre no Centro Cívico de Palmeira, é considerado “urgente” já que o arguido está em prisão domiciliária com pulseira electrónica.
A acusação diz que o arguido ameaçava, perseguia e agredia a ex-companheira, com quem viveu em 2018 na Maia e em Braga.
Descreve vários actos violentos do arguido, incluindo o de lhe urinar em cima depois de lhe bater.