A Bienal Internacional de Arte de Cerveira está de regresso à vila minhota. Este festival de artes plásticas, o mais antigo da Península Ibérica – a primeira edição foi em 1978 – reúne 350 obras de artistas de 38 países. Além da ‘Vila das Artes’, o evento expande-se para várias cidades do Norte. Sob o tema ‘Diversidade-Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte’, pode ser acompanhado, gratuitamente, ao vivo ou sem sair de casa.
O evento, que começa já sábado, e decorre até ao final do ano, integra a exposição do concurso internacional e de artistas convidados, 11 projectos curatoriais, intervenções artísticas, conferências, conversas e visitas guiadas. Reforçando a internacionalização do evento, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira apresenta-se em formato duplo. Pela primeira vez, há uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual à bienal.
A programação complementar é também transmitida nas redes sociais. Entrevistas em ateliers, intervenções artísticas e visitas guiadas são alguns dos conteúdos disponíveis.
“Esta XXI edição tem intrínseco o desafio de se sobrepor às restrições provocadas pelo novo coronavírus e, se a vertente presencial não puder vingar, colocaremos a Bienal a percorrer o mundo através de uma plataforma digital, permitindo visitas virtuais, contacto com artistas, críticos e curadores, envolvendo os públicos e os seus olhares atentos”, diz o presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Fernando Nogueira.
Para além da integração de trabalhos no espaço público da ‘Vila das Artes’, e contribuindo para a descentralização cultural, o evento volta a expandir-se pelo Norte de Portugal, com exposições em Alfândega da Fé (Casa da Cultura Mestre José Rodrigues), Viana do Castelo (Galeria Noroeste – Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), Vila Praia de Âncora (Centro Cultural de Vila Praia de Âncora) e Monção (Galeria de Arte do Cine Teatro João Verde).
Nas palavras do director artístico do evento, Cabral Pinto, “foi este o desafio feito aos artistas, num dos tempos mais difíceis da nossa existência colectiva, que irá permitir pela sua multiplicidade de propostas, proporcionar uma reflexão sobre a nossa cultura para uma melhor qualidade de vida pelo ‘conhecimento’, com os olhos postos num futuro cada vez mais tecnológico”.
Mais pormenores no site da Bienal.