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‘zet gallery’ promove residências artísticas junto de reclusos

Fernanda Fragateiro e Francisco Vidal vão desenvolver projetos artísticos no  Estabelecimento Prisional de Leiria e no Estabelecimento Prisional de Tires.

A organização das Residências Artísticas, a cargo da zet gallery, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a Fundação JMJ – Lisboa 2023, vai dinamizar residências artísticas em estabelecimentos prisionais.

Os artistas escolhidos foram Fernanda Fragateiro e Francisco Vidal, para um projeto que tem coordenação de Helena Mendes Pereira, Diretora-Geral da zet gallery. O acordo foi assinado a 15 de Maio, na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em Lisboa.

Depois de ter testado a fórmula em 2022, em que Ricardo de Campos apresentou a obra “Revolta”, produzida em conjunto com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga e que, posteriormente, foi doada à Universidade do Minho, a zet gallery volta a levar artistas para lá dos muros das prisões.

«Acreditamos que a arte pode curar e ajudar no processo de reinserção de alguém que, por circunstâncias várias, foi parar onde certamente não deseja estar. A arte pode ser esse catalisador que é necessário para regressar à vida sociedade em plenitude, para sentirem que o seu contributo é importante. Foi esta a ideia com a qual desafiámos a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a Fundação JMJ – Lisboa 2023 e que, depois, apresentámos à Fernanda Fragateiro e ao Francisco Vidal: aproximar os reclusos da arte, convidando-os a fazer parte a sentirem-se integrados no processo», explica Helena Mendes Pereira, coordenadora do projeto.

No momento de assinatura do acordo estiveram presentes Orlando Carvalho (Diretor-Geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais) e D. Alexandre Brito Palma (bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa), como representantes das entidades que dão forma ao projeto.

Para o representante da Igreja Católica, este projeto «permite-nos ambicionar a transformação do mundo, abrindo nele um lugar de esperança. Estamos muito empenhados neste projeto, porque reconhecemos o poder profético e contemplativo do olhar e da ação dos artistas. Por isso, a Igreja quer continuar a contribuir, tanto quando puder, para o movimento artístico».

O também responsável pela Fundação JMJ – Lisboa 23 considera que «não estamos neste projeto como protagonistas, mas com intenção de trabalhar em conjunto com estes parceiros, que estão aqui à volta desta mesa, a dar as mãos, tendo em vista um bem maior».

A opinião foi partilhada por Orlando Carvalho, que destacou o papel de todos na materialização deste projeto: «Quero deixar um agradecimento aos parceiros, aos artistas e a todos os que vão fazer parte. Estamos muito entusiasmados e expectantes para conhecer os resultados das Residências Artísticas», finalizou.

As Residências Artísticas acontecem a partir de setembro, no Estabelecimento Prisional de Leiria, destinado a jovens, com projeto artístico de Francisco Vidal, que esteve presente na cerimónia, e no Estabelecimento Prisional de Tires, na ala feminina, com intervenção de Fernanda Fragateiro.

ovilaverdense@gmail.com

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