Zona Franca, ciclo desenvolvido pelo Cento Cultura Vila Flor, Theatro Circo e gnration, cruza dança e música em novas encomendas. O próximo evento do Zona Franca estreia a 24 de maio no Centro Cultura Vila Flor, em Guimarães, e a 9 de junho no gnration, em Braga.
Desta vez, propõe três colaborações que se desenrolam entre Guimarães e Braga ao longo de 2025.
O primeiro destes cruzamentos aconteceu em fevereiro e juntou a coreógrafa e bailarina Vera Mantero e a trompetista Susana Santos Silva. Agora, cruza as danças de rua, como breakdance e clubbing, representadas pela performer e coreógrafa Piny com a música e arte sonora com o rapper, poeta e ativista Xullaji.
Construído em residência artística em Guimarães, o trabalho terá estreia a 24 de maio no Centro Cultura Vila Flor, em Guimarães, e a 9 de junho no gnration, em Braga.
Piny começou por estudar as danças de ventre tradicionais do Egipto. Em 2006, fundou o grupo de hip hop feminino Butterfly Soul Flow e, em 2012, o coletivo Orchidaceae, onde cruza movimentos e estilos da dança de rua com danças tradicionais do sudoeste asiático e norte de África.
Com Mother Nala Revlon, cofundou a Vogue PT, uma iniciativa que organiza eventos Ballroom – movimento underground protagonizado pelas comunidades afro-americanas, latinas e LGBTQIA+ e que está na origem de estilos como o vogue, punking, waacking ou house.
Trabalhou, como intérprete, em obras de coreógrafos como Victor Hugo Pontes, Cristina Planas Leitão, Tânia Carvalho ou Tiago Guedes.
Em nome próprio, criou as obras HIP. a pussy point of view, Periférico (com o artista Vhils), G RITO e ONYX.
Em 2023 levou ao Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, o projeto OU.kupa, um festival-celebração centrado na escrita e criação artística dentro das danças de rua e clubbing.
Xullaji é Nuno Santos. Enquanto Chullage, outro dos seus nomes, editou uma das trilogias mais marcantes da música nacional, Rapresálias (2001), Rapensar (2004) e Rapressão (2012), em que destaca o hip hop.
Também já trabalhou com spoken word, com o projeto AKapella47. Mais recentemente, revelou prétu, um afronauta que funde samples de músicas de intervenção angolana, guineense e cabo-verdiana, e imagens africanas com o cosmos eletrónico e o pensamento pan-africanista.
Deste projeto nasceu prétu 1 – Xei di Kor, destacado pelo Público como um dos melhores álbuns de 2023 e apresentado, em junho de 2024, no gnration.
É, ainda, cofundador do coletivo artístico comunitário preto, Peles Negras Mascaras Negras – Teatro do escurecimento. Colabora também com o Teatro Griot e já trabalhou com companhias como Formiga Atómica, Companhia de Teatro de Almada, Companhia de Atores ou Aurora Negra.
Os bilhetes para a apresentação de 24 de maio (21h30) no Centro Cultura Vila Flor, em Guimarães, estão disponíveis em oficina.bol.pt e os bilhetes para a apresentação de 9 de junho no gnration, em Braga estão disponíveis em gnration.bol.pt ou theatrocirco.bol.pt.
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