A eurodeputada socialista Isabel Estrada Carvalhais apresentou, esta terça-feira, o seu projecto de relatório de iniciativa relativo à comunicação da Comissão sobre a Visão de Longo Prazo para as Zonas Rurais da UE, na reunião da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Referindo-se à comunicação da Comissão, que prevê uma série de iniciativas e instrumentos políticos, em que se insere um Plano de Acção Rural, Carvalhais reforça a importância da Comissão e dos Estados-Membros conferirem a máxima prioridade à sua implementação. “As zonas rurais não podem esperar mais: Precisamos de acção imediata e de curto prazo”, enfatiza.
A deputada, natural do Minho, considera em nota remetida ao PressMinho, que a dimensão territorial rural deve estar “bem presente e articulada” entre os planos estratégicos da PAC, os programas da política de coesão e os planos de recuperação e resiliência. Carvalhais defende que a visão a longo prazo “deverá evoluir para uma verdadeira estratégia rural a nível europeu, a ser plenamente integrada nos próximos períodos de programação, exemplo que deverá ser seguido pelos Estados Membros a nível nacional”. A avaliação anunciada para 2023 pela Comissão deve abrir caminho para a plena integração de um plano de acção rural no período de programação de 2028-2034.
Em paralelo, todos os Estados-Membros devem estar igualmente empenhados em dar resposta aos desafios específicos das suas zonas rurais durante a implementação dos seus programas nacionais e providenciar os investimentos necessários à promoção da inclusão social e criação de emprego, fomentar a competitividade e permitir transições verdes e digitais justas.
DAR VISIBILIDDE POLÍTICA ÀS ZONAS RURAIS
Com este relatório, Isabel Carvalhais, quis “contribuir para a visibilidade política do debate sobre as zonas rurais e reforçar a necessidade e urgência da acção sobre o seu presente e o seu futuro”.
“A diversificação e inovação da economia rural, baseadas no potencial local, será o caminho que permitirá aos cidadãos das zonas rurais beneficiar das novas oportunidades oferecidas pelas transições digital e verde. Transições que terão de ser justas e inclusivas, contribuindo para a vitalidade económica e social das comunidades ao mesmo tempo que se cumpre a aposta na economia de carbono zero”, afirma.
A eurodeputada sublinha que “nunca é demais insistir no óbvio: que os cidadãos das áreas rurais devem poder beneficiar de condições equitativas aos outros cidadãos para assim atingirem os seus objectivos profissionais, sociais e pessoais sem esquecer um olhar muito particular sobre os grupos mais vulneráveis; só desta forma se poderá falar no futuro de uma efectiva e global concretização do Pilar Europeu dos Direitos Sociais”.
LEGENDA: Eurodeputada socialista defende a diversificação e a inovação da economia rural