Um esquema de branqueamento de capitais na Varziela, em Vila do Conde, conhecida como “Chinatown”, foi travado pela Polícia Judiciária (PJ). Foram detidas quatro pessoas, suspeitas de recolher sacos de dinheiro, todos os dias, a empresários, enviando-os para a China. A operação apreendeu cerca de 1,5 milhões de euros em notas.
O Jornal de Notícias avança que o esquema remota a 2019 quando empresários da “Chinatown” procuraram o grupo de branqueamento para não declarar lucros ao Fisco. A carro, estes faziam, diariamente, a recolha do dinheiro vivo que, depois, era enviado para diversas contas bancárias abertas, em nome de empresas falsas ou testas de ferro.
A investigação, tutelada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, avança o JN, descobriu cinco dezenas de firmas, utilizadas como sociedade ecrã.
Nestas contas, depositavam-se pequenas quantias para se esconder o serviço de prevenção de branqueamento dos bancos. Com transferências internacionais, os rendimentos não declarados dos empresários eram enviados para a China. Em troca, o grupo cobrava uma percentagem do dinheiro.
A operação, que começou esta segunda-feira e incluiu buscas a empresas e domiciliárias, apreendeu cerca de 1,5 milhões de euros, guardados em simples sacos de plástico.
Os quatros arguidos foram levados ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, sendo que três deles ficaram em prisão preventiva.
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Com Jornal de Notícias